Rosana Hessel
postado em 30/04/2019 18:41
O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, o deputado federal Marcelo Ramos (PR-AM), em entrevista ao CB.Poder nesta terça-feira (30/04), acredita que o presidente Jair Bolsonaro precisa defender a proposta integral no Congresso, apesar dos ruídos que ocorreram na última semana, como desidratação do impacto da reforma e sobre a questão da capitalização.
;Primeiro, quem sou eu para dizer o que presidente Bolsonaro tem que fazer. Ele está legitimado pela grande maioria do povo brasileiro. Houve uma vitória consagradora. Agora, a proposta é dele. Ele tem que defender a proposta integral;, afirmou. Ramos contou que espera uma articulação maior do governo e dos parlamentares da base governista defendendo a reforma, que prevê uma economia de mais de R$ 1,2 trilhão em 10 anos.O parlamentar ainda disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes precisa defender o conteúdo da proposta.
A primeira sessão do colegiado de 49 titulares e 40 suplentes de 25 partidos será realizada na próxima semana, dia 7. O parlamentar adiantou que já definiu um cronograma para maio 11 de audiências públicas para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n; 6/2019 em conjunto com o vice-presidente da comissão, o deputado Silvio Costa Filho (PRB-PE), e o relator da matéria, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).
Para Ramos,é fundamental que o ministro Paulo Guedes esteja entre as primeiras pessoas a serem ouvidas. ;Na minha concepção, a equipe econômica do governo deveria ser a primeira a participar. E a presença do ministro Paulo Guedes é imprescindível. Ele tem que ir à comissão defender a proposta, apresentar as justificativas econômicas, políticas e sociais da proposta para que a comissão se veja tranquila para o enfrentamento político da matéria. Como vai ser a sessão, eu acho que o ambiente é menos tenso do que era na CCJ. Há uma unidade maior em torno da proposta salvo pontos específicos;, afirmou.
Contudo, ele defendeu que Guedes não deverá partir para enfrentamento político com a oposição e sim ;debater o conteúdo da proposta;.
Apesar de admitir que o enfrentamento será duro na comissão, Ramos contou que pretende manter a ordem das sessões para que o clima seja mais respeitoso do que foi na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). E, nesse sentido, ele também pretende fazer com que o ministro Guedes entenda que o papel dele lá é o esclarecimento em relação ao conteúdo da matéria. ;Ele contribuiu muito mais com a matéria quando esclarece o conteúdo dela do que quando passa por um enfrentamento político com a oposição;, emendou.
Assista a entrevista na íntegra:
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