Politica

Ministro da Educação é convocado a prestar esclarecimentos na Câmara

Visita foi marcada para o mesmo dia em que haverá manifestações nacionais contra os cortes de verbas para universidades públicas e institutos federais

Alessandra Azevedo
postado em 14/05/2019 19:26
Abraham Weintraub
A Câmara impôs mais uma derrota ao governo, nesta terça-feira (14/4), ao aprovar a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao plenário, nesta quarta-feira (15/5). A visita foi marcada para o mesmo dia em que haverá manifestações nacionais contra os cortes de verbas para universidades públicas e institutos federais, medida que ele precisará explicar aos deputados.

A convocação foi articulada por deputados da oposição e do Centrão e aprovada por ampla margem de votos: 307 a favor e 82 contrários. "Essa reação da quase totalidade dos partidos da Câmara mostra que o Parlamento não ficará parado, assistindo o desmonte da educação pública superior. Nossa reação já começou", disse o líder da oposição na Casa, Alessandro Molon (PSB-RJ).

Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), o ministro "precisa entender que a balbúrdia é o desgoverno que ele (Weintraub) está fazendo no Ministério da Educação", em referência à justificativa do ministro para o corte de recursos de universidades que, segundo ele, promovem "balbúrdia" nos campi. "Ele está chamando o povo para a rua e a gente está chamando ele para o Congresso, para dar explicação", disse o pedetista.

Só o PSL, do presidente Jair Bolsonaro, e o Novo votaram contra o requerimento. Carla Zambelli (PSL-SP) considera a convocação uma estratégia para adiar votações de medidas provisórias, como a MP 870, da reforma administrativa, que perde a validade em 3 de junho, caso não seja votada pelo plenário. O parecer aprovado pelos parlamentares retira o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e o devolve ao Ministério da Economia.

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que a convocação "não é agradável, mas é do jogo democrático". Segundo ela, "o ministro é preparado para falar sobre o assunto".

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