Politica

Kalil critica governo Bolsonaro: 'esse pessoal perdeu a noção'

Segundo o prefeito, enquanto o filho do presidente fala em bomba atômica, falta dinheiro aos municípios para financiar a saúde

Juliana Cipriani/Estado de Minas
postado em 16/05/2019 12:16
O prefeito de Belo Horizonte vem cobrando verbas para a saúde da capital nos últimos mesesO prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) usou as redes sociais para criticar, na noite dessa quarta-feira (15/5), o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que diz ter perdido a noção.

Sem citar nomes, ele fez referência ao corte anunciado nos recursos para a educação e à fala de um dos filhos do capitão reformado para dizer que, enquanto a confusão ocorre em Brasília, as prefeituras estão sem dinheiro para a saúde.

"Calma, gente! Bomba atômica? Tirar dinheiro da educação? Puta que pariu, esse pessoal perdeu a noção. Enquanto isso, os municípios tentam cuidar da fila do SUS...", escreveu Kalil em suas redes sociais.

A fala foi no dia em que milhares de estudantes, professores, servidores públicos e sindicalistas foram às ruas do país reclamar do corte de verba para as universidades públicas. Em Belo Horizonte, cerca de 250 mil pessoas participaram, segundo a organização do evento.
Já a bomba atômica é uma referência ao filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, que na véspera do protesto, disse que bombas nucleares garantem a paz e que o Brasil seria mais respeitado se tivesse a tecnologia.

Eduardo Bolsonaro é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados e usou como referência o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para fazer a reflexão para alunos do curso de Defesa da Escola Superior de Guerra. ;Se tivéssemos um efetivo maior, um poder bélico maior, talvez fôssemos levados mais à sério pelo Maduro ou temidos quem sabe pela China ou pela Rússia;, disse o filho de Bolsonaro.

Kalil vem cobrando verba para a saúde de Belo Horizonte nos últimos meses. Segundo ele, o sistema da capital está ficando sufocado com a vinda de pacientes do interior, já que faltam leitos no estado. A cobrança também tem se dirigido ao governador Romeu Zema (NOVO), que, segundo ele reforça, deve dinheiro aos municípios.
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