Bernardo Bittar
postado em 20/05/2019 18:38
O presidente da República, Jair Bolsonaro, aproveitou a apresentação da segunda parte da campanha publicitária da reforma da Previdência para acenar para o Congresso, nesta segunda-feira (20/5), no Palácio do Planalto. "As portas estão sempre abertas para os deputados e senadores. Não estão mais, por falta de agenda", disse Bolsonaro.
[SAIBAMAIS]Em outro movimento para ganhar apoio dos congressistas, o presidente disse que respeita o Parlamento e ressaltou que "lá será dada a última palavra sobre a Previdência".
Nas últimas semanas, deputados e senadores reclamam da falta de sensibilidade do Planalto para receber parlamentares em audiências privadas com o presidente. Até integrantes do PSL, partido governista, dizem que a situação está difícil.
Nova Previdência
A segunda parte da campanha publicitária, chamada "Nova Previdência, pergunte o que quiser" foi apresentada com personagens reais do país em vez de atores. Nos filmes que serão apresentados a partir desta segunda em rede nacional, o governo explica que "quem recebe salário mínimo pagará menos do que paga atualmente", referindo-se à contribuição da aposentadoria.
O tom da peça aproxima o Planalto da sociedade, que, em sua grande maioria, rejeita as mudanças pelo medo de perder dinheiro na velhice. "Ninguém foi poupado, parlamentares, militares (...) todos serão atingidos pelas mudanças", acrescenta o vídeo.
Proposta melhor
Mais cedo, em viagem ao Rio de Janeiro, o presidente Bolsonaro disse nesta segunda que, se o Congresso tiver uma proposta melhor para a reforma da Previdência, deve votá-la. Afirmou também que está disposto a conversar com os parlamentares sobre esse tema.
"Querem agilidade para votar as propostas que estão dentro da Câmara e do Senado. E, se a Câmara e o Senado têm propostas melhores que a nossa, que coloquem em votação. Não há briga entre poderes, o que há é uma grande fofoca. Parece que, lamentavelmente, uma parte considerável a mídia se preocupa mais com isso do que com a realidade e o futuro do Brasil".