Politica

Moro diz que não gostou da transferência do Coaf para a Economia

Segundo o ministro, não foi avaliada ainda a possibilidade de veto por parte do presidente Jair Bolsonaro, mas que acredita ser inviável

José Matheus Santos/Diário de Pernambuco
postado em 23/05/2019 11:19
Ministro da Justiça não respondeu de quem foi a falha na articulação política do governoO ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que a decisão da Câmara dos Deputados de transferir o Coaf (Conselho de Controle de Atividades e Administração Financeira) para o ministério da Economia não o agrada, mas respeita a decisão do Parlamento.

;Embora eu não tenha gostado evidentemente da decisão, respeitamos a decisão do Parlamento;, afirmou o ex-juiz. Ainda segundo Moro, não foi avaliada ainda a possibilidade de veto por parte do presidente Jair Bolsonaro, mas o ministro acredita ser inviável. ;Não seria viável (um veto) porque a Medida Provisória modifica a legislação atual. Então, com a mudança da legislação, volta a vigorar a decisão anterior para o ministério da Economia. Mas não foi avaliada ainda essa possibilidade de veto;, declarou Moro.

Apesar da transferência da pasta ter sido aprovada por 228 a 210 na Câmara nessa quarta-feira (22), Sergio Moro acredita que o Coaf terá um bom funcionamento por conta do trabalho integrado entre as pastas da Economia e da Justiça. ;Vamos continuar fazendo o trabalho que o Coaf sempre realizou contra a lavagem de dinheiro e de prevenção e combate ao crime organizado. É extremamente relevante o órgão, e a política de integração continua mesmo o Coaf ficando em outra pasta;, disse o auxiliar do presidente. A Medida Provisória ainda terá que ser votada no Senado para ir à sanção de Jair Bolsonaro.

Ao ser questionado, no fim da entrevista à imprensa, sobre quem falhou na articulação política do governo com o Parlamento, Sergio Moro se esquivou, ficou em silêncio e saiu em direção à palestra que foi realizada com policiais civis de Pernambuco. Na ação, o ministro falou sobre a experiência como magistrado na Operação Lava Jato e a respeito do combate à corrupção.

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