postado em 25/05/2019 04:05
O dado que preocupa
O sincericídio do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao dizer que ;pega o avião e vai embora; caso
a reforma da Previdência não saia do papel,
fez acender um alerta no mercado financeiro. Ainda que, depois da divulgação da entrevista à revista Veja, o próprio ministro tenha jurado fidelidade ao governo e o presidente tenha dito que o casamento dele com Guedes vai muito bem, obrigado, há o receio de que, aos poucos, comece a crescer a parcela do eleitorado que culpa o atual governo pela situação econômica do país.
As duas pesquisas da XP Investimentos deste mês, uma da primeira semana de maio e outra da terceira semana, apontam um aumento de 5% para 10% daqueles que atribuem a situação econômica ao atual governo. É baixo, todos sabem que em cinco meses não se conserta uma política errada. Porém, Bolsonaro foi eleito com a promessa de consertar e, à medida que tempo passa e os resultados não surgem, ele vai se tornando o responsável pelas dificuldades. Até aqui, a situação atual é considerada obra de Lula por 31%, de Dilma (18%) e de Michel temer (14%). Mas é bom o governo ficar esperto. Ministro dizer que vai embora se seu plano A não for adiante tem tudo para fazer esses 10% subirem.
Um olho no gato;
Aliados de Bolsonaro estão preocupadíssimos com a manifestação deste domingo e seus reflexos nas votações da semana que vem. O receio é de os manifestantes abrirem fogo contra o parlamento, deixando um clima ruim para a votação das medidas provisórias que faltam. Na Câmara, uma das principais é a 871, do combate a fraudes no INSS.
...outro no peixe
A maior preocupação é o Senado alterar a MP 870, devolvendo o Coaf ao ministro Sérgio Moro, o que obrigaria o texto a passar por nova votação na Câmara. Nesse cenário, já tem gente deixando para os deputados do PSL ; que passam mais tempo nas redes sociais do que em articulação política ; a tarefa de mobilizar maioria a favor dos projetos do governo, inclusive a 870.
Pecado original
Entre os mais atentos, há quem diga que o governo erra ao apostar todas as fichas na reforma da Previdência. Afinal, se for aprovada e o crescimento econômico continuar minguado, a insatisfação tende a aumentar.
Por falar em turbulência...
Políticos tarimbados comparam a gestão do presidente Jair Bolsonaro a um motorista de caminhão pilotando um Boeing, com turbulência forte à frente. Nesse ritmo, afirmam, não há o menor risco de dar certo.
Doria no mundo/ Em agosto, o governador de São Paulo, João Doria (foto), vai abrir dois escritórios comerciais de seu governo: um em Dubai, outro em Xangai. Tudo para ajudar os exportadores paulistas. E, de quebra, mostrar aos brasileiros que é bom de serviço.
Santo helicóptero, Batman/ No geral, os aliados do presidente Jair Bolsonaro avaliaram a visita a Recife e Petrolina como positiva, apesar dos protestos que o presidente evitou graças a um helicóptero. Obviamente, foi cercada de cuidados, e assim será nas próximas investidas caso as pesquisas continuem indicando avaliações modestas na região.
E tome dor de cabeça/ Justamente quando Flávio Bolsonaro achava que estava mais distante do ex-assessor Fabrício Queiroz, aparecem as notícias de pagamento das despesas médicas do ex-colaborador em dinheiro vivo. Obviamente, 01 não tem nada a ver com isso, mas só a menção reacende a chama das cobranças por explicações do senador a seus pares
Casamentos presidenciais/ Em 2008, foi a vez de a ministra da Casa Civil, casar sua filha, Paula, com a presença de Lula, que foi vaiado na chegada. Hoje, será a vez de Jair Bolsonaro participar do casamento do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, no Rio. Apoiadores na
cidade já programam aplausos para a sua chegada.