Politica

Nova fase da Lava-Jato no Rio prende doleiro e funcionários do Bradesco

Investigação apontou a existência de um esquema para enviar dinheiro de origem ilegal para o exterior

Renato Souza
postado em 28/05/2019 09:20
Tânia Fonseca, funcionária do Bradesco, chega à sede da PF no RioEm uma nova fase da operação Lava-Jato, no Rio de Janeiro, a Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (29/5), um doleiro e dois funcionários do Bradesco. Eles são acusados de enviar dinheiro desviado para depósito em contas no exterior.

Essa fase é um desdobramento da operação Câmbio, Desligo. Foram presos até o momento, Tânia Maria Aragão de Souza, Júlio César de Andrade e Robson Luís Cunha Silva. De acordo com as investigações, dois são funcionários do Bradesco, acusados de facilitar o envio do dinheiro para foram do país, e o terceiro é um operador do esquema.

As equipes policiais saíram as ruas nas primeiras horas do Rio. Tânia, funcionária do banco privado, foi presa na Barra da Tijuca, área nobre do Rio. A operação Câmbio, Desligo, foi deflagrada no ano passado para apurar lavagem de dinheiro para beneficiar diversos esquemas de corrupção. Entre eles está o liderado pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e Dario Masser, conhecido como o "doleiro dos doleiros".
Os mandados são cumpridos por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7; Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Agentes também realizam buscas em endereços ligados aos investigados.

Outro lado

Em nota, o Bradesco disse que "tomou conhecimento pela imprensa nesta manhã da ação de autoridades policiais envolvendo dois funcionários". A instituição afirmou que as informações, quando oficialmente disponíveis, serão apuradas internamente.
"Como sempre, o Bradesco se coloca à disposição das autoridades no sentido da plena colaboração e esclarecimento sobre as apurações que estão sendo realizadas. Por fim, o Bradesco reitera que cumpre rigorosamente com as normas de conduta ética e governança vigentes para a atividade;, conclui no texto.

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