Politica

Líder do PP confirma que não abre mão de retirada de itens da Previdência

Arthur Lira (AL) esteve reunido com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir o tema

Vera Batista
postado em 29/05/2019 14:36
Dep. Arthur Lira (PP-AL)
Após a primeira reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o líder dos progressistas (PP, que faz parte do chamado centrão), deputado Arthur Lira (AL), confirmou que não abre não da retirada de alguns itens incluídos pelo governo na reforma da Previdência, mas que não deveriam sequer constar do texto. Entre eles a aposentadoria dos trabalhadores rurais, o benefício de prestação continuada (BPC), e a desconstitucionalização (exclusão de alguns direitos da Constituição). O deputado também não concorda com o governo de que o que for decido no Congresso passe a valer também para estados e munícipios.

;Cada Estado, cada governador, cada assembleia legislativa, tem que ter a sua consciência, a sua parcela de responsabilidade. E nesses termos a gene reafirma que trabalhador rural, BPC, desconstitucionalização e principalmente a questão de estados e municípios, que retornem às suas origens;, destacou Lira. Ele chegou a dizer que as alternativas que foram explicitadas a Paulo Guedes não afetariam o texto base do governo e não prejudicariam a economia pretendida pela equipe econômica de R$ 1,2 trilhão em 10 anos.

;Esses temas que nós levantamos não irão prejudicar a reforma base de R$ 1 trilhão. E também o BPC, a desconstitucionalização, o trabalhador rural e os estados não chegam a R$ 20 bilhões ou R$ 30 bilhões e não alteram nem R$ 1 de economia;, contabilizou. No entanto, alertado de que apenas o BPC teria impacto financeiro de R$ 30 bilhões, Lira frisou que, caso isso aconteça, ;paciência;. ; E se alterar, paciência. Nós manteremos a nossa posição claramente. Nós somos a favor da reforma. O menor, o mais pobre, o mais humilde não têm que ter o ônus de fazer essa rearrumação;.

Impacto

De acordo com Arthur Lira, ;os mais bem remunerados, os polítcos, os ministros, os procuradores, os juízes os delegados, os auditores de Receita, as carreiras de estado, que oneram a máquina pública, é que tem de contribuir mais.;. Ele citou nominalmente cada carreira e criticou o fato de que todas concordam com a necessidade de uma reforma da Previdência, mas todas querem ficar de fora.

Votos

Arthur Lira disse que seu partido tem ao todo 39 votos na Câmara. Mas ele ainda não contabilizou quantos estarão contra ou a favor. ;Não é sábio por parte do governo não apoiar uma proposta dessa porque eles não terão voto para fazer diferente. A gente precisa, no Brasil, parar com isso. Nós queremos votar, nós não queremos e ser atacados, quando não estamos fazendo absolutamente nada contra.;.

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