Politica

Bolsonaro afaga Maia e políticos

Chefe do Executivo diz que presidente da Câmara é "um irmão" e que parlamentares se voltam, agora, para o interesse popular. E afirma que a reforma da Previdência interessa a todo o país, incluindo os servidores públicos

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 06/06/2019 04:04




O presidente Jair Bolsonaro, em novo aceno ao Congresso, afirmou ontem que a classe política agora ;se voltou realmente para o interesse popular; e que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é ;aliado em vários projetos; e um ;irmão;. O presidente deu a declaração ao defender a reforma da Previdência, na cidade de Aragarças (GO), durante cerimônia de inauguração de um programa de revitalização do Rio Araguaia. Na ocasião, ele disse também que a reforma interessa a todo o Brasil, ;até para o servidor;.

;Nós, juntos, temos como mudar o destino do Brasil. Este nós é o povo, em primeiro lugar, depois essa classe política que agora tomou a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Com espírito diferente, se voltando realmente para o interesse popular;, declarou. ;Rodrigo Maia é meu irmão. Está um pouquinho mais forte, mas é meu irmão;.

Bolsonaro disse também que as mudanças nas aposentadorias vão garantir os salários dos servidores. ;Se não reformar, vai faltar dinheiro para pagar o servidor lá na frente. De maneira que nós precisamos mostrar para o mundo lá fora e para os investidores aqui de dentro que nós estamos fazendo o dever de casa. O Brasil não pode continuar gastando mais do que arrecada;, afirmou o presidente.

;Acreditamos nós que, com a reforma aprovada basicamente como foi apresentada, investimentos virão e nós podemos decolar na economia;, estimou.
Também presentes ao evento em Aragarças, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), defenderam a permanência de estados e municípios no projeto do governo sobre a reforma da Previdência.

A ofensiva de governadores e prefeitos para serem mantidos na proposta é grande, enquanto os municípios ameaçam recorrer à Justiça caso fiquem de fora.
Frente à ameaça de exclusão de servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência, prefeitos se articulam para manter ao menos os municípios na proposta, mesmo que os estados sejam retirados, e ameaçam acionar o Supremo Tribunal Federal (STF).

;Nós temos que fazer as reformas, sim. E elas têm que ser inclusivas aos estados e municípios dando espaço à educação, saúde e oportunidade de emprego;, disse Caiado.

Calamidade
;Gente, pelo amor de Deus, não deixem os estados e municípios fora dessa reforma;, pediu o governador Mauro Mendes, que, logo depois de assumir o cargo, em janeiro, declarou estado de calamidade pública em Mato Grosso. ;Senão, daqui a uns anos, nós trabalharemos apenas e exclusivamente para pagar nossos aposentados;, afirmou. ;Não sobra dinheiro para cuidar da saúde, das estradas, das escolas.;

No sábado passado, o relator da reforma na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que avaliava retirar estados e municípios do projeto de mudanças nas aposentadorias. Na segunda-feira, porém, voltou a defender mantê-los no relatório final, o qual ele disse que pretende apresentar até a segunda-feira.






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