postado em 08/06/2019 04:04
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que ;está à disposição; para uma eventual recondução ao cargo por escolha do presidente Jair Bolsonaro. O mandato dela, que tem duração de dois anos, termina em 18 de setembro. Até lá, o chefe do Executivo deve apontar um substituto, ou mantê-la na chefia do Ministério Público Federal (MPF) por mais um biênio.
Por tradição, desde 2001, o escolhido é um dos integrantes de uma lista tríplice definida por eleição organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Neste ano, Dodge não aparece entre os concorrentes. ;Eu estou à disposição, tanto da minha instituição quanto do país, para uma eventual recondução, eu não sei se isso vai acontecer;, afirmou ela, ontem, em evento sobre igualdade de gênero, que reuniu procuradores em São Paulo.
Os candidatos ao cargo máximo do Ministério Público Federal podem realizar campanhas e conversar com os integrantes do órgão para buscar votos. Dodge, no entanto, afirmou que não está fazendo nenhum tipo de articulação. ;Eu tenho me mantido sem fazer manifestação neste sentido (de procurar apoio);, frisou.
Questionada por jornalistas sobre a necessidade de o presidente seguir a lista tríplice da PGR, ela declarou que é uma vontade pessoal de Bolsonaro. ;Esta é uma posição, é uma decisão que cabe ao presidente;, limitou-se a comentar. Como não está prevista na Constituição, a forma de escolha não é obrigatória para o Executivo. O procurador-geral indicado precisa passar por sabatina no Congresso Nacional. (RS)