Após terem sido divulgadas mensagens privadas entre Sérgio Moro, ministro da Justiça, e Deltan Dallagnol, procurador da república, na noite do último domingo (9/6), líderes petistas se posicionaram contra as atitudes dos acusados e questionam conduta de Moro em decisões na Lava-Jato.
[SAIBAMAIS] Segundo divulgou o site The Intercept Brasil, os dialogos foram obitidos através de uma fonte anônima. Neles, são mostrados textos, em que Sérgio Moro teria supostamente direcionado ações dos procuradores no caso do ex-presidente Lula.
Fernando Haddad
O candidato derrotado nas eleições de 2018 pelo PT e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, contou nas redes sociais que o ministro de Bolsonaro deveria ter sido afastado da operação Lava-Jato quando divulgou áudios da conversa entre a ex-presidente Dilma (na época chefe de estado) e Lula. "Crime grave em qualquer país. Pediu escusas e se safou. Em seguida, aceitou o Ministério da Justiça em troca de uma vaga no STF com a mesma naturalidade. Até quando?", indaga.
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O questionamento de Haddad se refere a decisão de Moro em 2016, de ter quebrado o sigilo telefônico de Lula e envolvidos. Em um dos áudios divulgados, o tema tratado entre o ex-presidente e a Dilma, era sobre o termo de posse como ministro da Casa Civil em que a petista iria encaminhar para Lula assinar.
Gleisi Hoffmann
A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR), diz que Moro não pode continuar como ministro e que junto com o procurador da república, em "associação criminosa", condenou, prendeu e impediu Lula de disputar as eleições, levando Bolsonaro ao poder.
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Paulo Pimenta
O deputado federal eleito e líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), afirma que a história "está cheia de falsos heróis". "Muitos traidores tentaram enganar toda uma sociedade posando de paladinos da ética e da moralidade. Mas a todos a verdade chegou. Nenhum hipócrita sobrevive à verdade. A luz sempre engole as trevas. Aprendam, Moro e Dallagnol", expõe.
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Humberto Costa
O senador e líder do partido no senado, Humberto Costa (PT-PE), menciona que a ação de Dallagnol e de Sérgio Moro "desmorona as instituições". "O julgador orientando o acusador sobre como proceder contra o réu. Interferindo em todas as fases do processo. Coordenando diretamente, com riqueza de detalhes, todas as peças acusatórias que ele mesmo iria julgar. É de desmoronar instituições", destaca.
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