postado em 14/06/2019 04:15
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse que a demissão de Santos Cruz foi resultado de ;um conjunto de coisas que acontecem;. De acordo com ele, não houve desentendimento entre o presidente e o general. ;Não teve briga, não teve nada. Continua amor, são amigos de 40 anos, continuam a ser amigos;, afirmou.
;O presidente, ele próprio, está usando uma metáfora bastante apropriada para a situação: é um casamento, de muito longa duração, mas chegaram à conclusão de que não era a hora de ele continuar. Porque o casamento precisava ser interrompido;, ressaltou. O ministro negou que as polêmicas com Carlos Bolsonaro, filho do presidente, e com o escritor Olavo de Carvalho tenham derrubado seu colega. ;É tudo especulação, não tem nada a ver. Isso aí não é nada que tenha sido determinante para isso aí.;
Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com o afastamento do general, pode haver piora na relação entre governo e Congresso. ;O Santos Cruz é muito bom, dedicado, estava ajudando muito, mas quem tem o poder de nomear tem o poder de exonerar. É assim que funciona.;
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou a aliados preocupação com o fortalecimento da ala conhecida como ;ideológica; da administração Bolsonaro, classificada por ele como mais radical e mais reativa ao Legislativo.
O líder do bloco que reúne PL, DEM e PSC no Senado, Wellington Fagundes (PL-MT), avaliou a saída de Santos Cruz como mais um complicador na articulação política. ;É uma pessoa de estabilidade. Vemos um governo que tem colocado à frente sempre a questão ideológica, e isso é sempre um ;dificultador; nas relações;, declarou.