postado em 14/06/2019 04:15
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma nova manifestação em relação ao pedido de liberdade do cliente que deve ser julgado no próximo dia 25. Os advogados do petista enviaram à Corte uma série de mensagens atribuídas ao ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná. As conversas, que teriam sido feitas por meio do aplicativo Telegram, foram publicadas pelo site The Intercept.Na peça enviada ao Supremo, os advogados de Lula afirmam que as mensagens seriam prova de que Moro atuou parcialmente no processo, e teria motivos pessoais e políticos para condená-lo. De acordo com os defensores, as conversas ;revelam situações incompatíveis com a exigência de exercício isento da função jurisdicional e que denotam o completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva;.
O pedido de liberação de Lula está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes. No dia seguinte à publicação das reportagens, ele pediu que fosse marcado julgamento na Segunda Turma do STF. O ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Turma, acolheu a solicitação, marcou o julgamento e abriu prazo para a defesa e o Ministério Público se manifestarem.
No trecho que já estava anexado ao pedido, os advogados de Lula apontam o fato de o ministro Moro ter aceitado o pedido do presidente Jair Bolsonaro para compor o governo. Ele foi confirmado como ministro logo após as eleições, depois de uma conversa com o presidente no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele estava licenciado do cargo de magistrado para tratar do assunto.