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''Chegamos a uma separação amigável'', diz Bolsonaro sobre Santos Cruz

Foi a primeira declaração do capitão reformado depois da decisão em substituí-lo pelo atual Comandante Militar do Sudeste, general Luiz Eduardo Ramos

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O presidente não foi claro sobre o que motivou a demitir Santos Cruz. Limitou-se a informar que ;alguns problemas aconteceram;. ;Conheço Santos Cruz desde 1980. É um grande amigo. Tivemos um bom contato antes de eu ser presidente, e como presidente. Santos Cruz cumpriu sua missão, mas alguns problemas aconteceram. Chegou a um ponto de separação amigável e continua no meu coração;, disse Bolsonaro.

A ;separação; entre ambos gera ;algum constrangimento, dado nosso passado;, mas Bolsonaro enfatizou em mais de uma oportunidade que a amizade e harmonia entre ambos persistirá. Bolsonaro ressaltou, contudo, que não vê distinção entre as ;alas; ideológica e militar do governo. Conforme apurado pelo Correio ontem, os próprios militares criticam que a demissão de Santos Cruz tem algum rescaldo de fritura dentro do governo por briga com o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, alguém que teria influência junto a ;olavistas;.

O capitão reformado diz que a disputa entre militares e pessoas ligadas ao escritor Olavo de Carvalho nunca existiu, mas reconhece que é ;natural se especular;. ;Não vi tuitada do Olavo e nem críticas;, ponderou. O presidente destacou, porém, que ;ideologia ninguém duvida; no governo. Bolsonaro diz que o governo busca manter a confiança e mostrar a coerência apresentada durante as eleições dos valores cristãos, de ;Deus, família e Brasil;. ;Certas questões temos que valorizar. Nós perdemos a cultura de valorizar os valores e a família;, disse.