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Politica

Ameaças a David Miranda, marido de Greenwald, aumentam após vazamento

O deputado federal pelo PSol disse estar preocupado com a segurança dele e da família, mas que as ameaças não afetarão sua atividade parlamentar

O deputado federal David Miranda (PSol-RJ) relatou à Polícia Federal ter sofrido ameaças após o vazamento de conversas entre o ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Miranda é casado há 14 anos com o jornalista e fundador do site The Intercept, Glenn Greenwald ; um dos responsáveis pela divulgação do material.
Por meio de nota, Miranda disse que sofre ameaças via e-mails desde que assumiu o posto de Jean Wyllys (PSol), que deixou o cargo de deputado e o país pelo mesmo motivo. Mas, após a divulgação das conversas entre Moro e Dallagnol, as ações de grupos de ódio contra aumentaram (leia a nota na íntegra abaixo).
"Preocupo-me com minha segurança e de minha família e, para nos resguardar, fiz os devidos encaminhamentos às autoridades competentes", escreveu. Os novos relatos foram encaminhados à PF em 11 de junho, dois dias depois da primeira matéria sobre os vazamentos entre o ministro e o procurador.
"Ressalto que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tomou providências a partir do ofício que encaminhei à Presidência da Casa, oferecendo-me apoio do Departamento da Polícia Legislativa", completou.
Nota à imprensa
"As ameaças que venho sofrendo via e-mail nas últimas semanas não vão interferir na minha conduta como deputado federal. Permaneço atuando com o vigor de sempre, em defesa das causas sociais e dos Direitos Humanos. Preocupo-me com a minha segurança e da minha família e, para nos resguardar, fiz os devidos encaminhamentos às autoridades competentes.
À Polícia Federal, apresentei queixa-crime em 13 de março passado, quando recebi as primeiras ameaças ao assumir o cargo do companheiro de partido Jean Wyllys, que renunciou por receber repetidos ataques cibernéticos com a mesma gravidade, durante o seu último mandato.
Novos relatos foram encaminhados à PF no dia 11 de junho, diante do crescimento do número de ações de grupos de ódio e homofóbicos que ocorreu depois das denúncias relativas à Operação Lava-Jato, publicadas pelo jornalista Glenn Greenwald, com quem sou casado há quase 15 anos e tenho dois filhos. Ressalto que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tomou providências a partir do ofício que encaminhei à Presidência da Casa, oferecendo-me apoio do Departamento da Polícia Legislativa.
David Miranda
Deputado Federal - PSol/RJ"