Bernardo Bittar
postado em 19/06/2019 09:59
A convite do Senado Federal, nesta quarta-feira (19/6), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, detalhou os supostos ataques sofridos por ele que resultaram no vazamento de conversas com o procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol. Moro diz não reconhecer a autenticidade do material, que qualificou como ;possivelmente adulterado;.
O ministro compareceu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, convocado pelos parlamentares, onde informou que ;as supostas mensagens podem ter sido parcialmente ou totalmente alteradas;; e disse que o conteúdo está ;repleto de sensacionalismo;.
Chamou à atenção, disse Moro, não ser incomum que juízes e procuradores conversem fora dos autos. ;Isso é absolutamente normal, não há escândalos, ao contrário do que tem sido falado na mídia;.
Sérgio Moro disse que sempre agiu conforme a lei, mas, novamente, salientou não reconhecer a veracidade do material divulgado. ;Sempre fui vítima de ataques. Pensei que, saindo da magistratura e assumindo a posição de ministro, o revanchismo fosse acabar. Mas, pelo jeito, me enganei;.
O ministro disse acreditar que o celular dele foi hackeado ;aparentemente por um grupo criminoso;. Moro disse que a Polícia Federal tem autonomia para investigar questões envolvendo o suposto ataque a ele, a magistrados e a procuradores.
;Os fatos estão sendo investigados, existe um grupo criminoso organizado por trás desses ataques, mas só teremos um desfecho com o fim das investigações;.
Durante as explicações no Senado, o ministro disse que, na opinião dele, apresentaram ;um nível muito baixo de vilania; e coloca-se à disposição dos congressistas após cerca de 30 minutos de explicações. Acompanhe a sessão ao vivo.