Politica

Moro diz que não há ilegalidade em mensagens com procuradores da Lava-Jato

O convite de Moro ao ministério da Justiça também foi alvo dos questionamentos

Bernardo Bittar
postado em 19/06/2019 10:26
Sérgio Moro se apresentou ao Senado voluntariamente
Convidado pelo Senado Federal a prestar esclarecimentos sobre supostos ataques cibernéticos que resultaram no vazamento de conversas privadas, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta quarta-feira (19/6) que não vislumbra qualquer ilegalidade nas mensagens publicadas pela imprensa.

As conversas mostram que Moro influenciou o trabalho do Ministério Público perante a operação Lava-Jato. Após ter se justificado aos parlamentares, detalhando as investigações do suposto ataque de hackers, o ministro foi questionado livremente pelos senadores ; que não se mantiveram apenas ao tema.

O senador Marcos do Val (PPS-ES), perguntou ao ministro da Justiça se o convite para ocupar um cargo político foi "a barganha pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)". Moro rechaçou o questionamento, dizendo que "sequer imaginava tal possibilidade (de se tornar ministro de Estado)".

"Vi no convite uma oportunidade para consolidar avanços anticorrupção. É isso que estou fazendo, por isso aceitei o convite. Quando emiti a sentença condenatória contra o ex-presidente (Lula), não tinha o menor contato com o presidente (Jair) Bolsonaro;, lembrou Sérgio Moro.

Após leve exaltação do ministro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Weverton (PDT-MA) disse que "ninguém está discutindo sobre sua pessoa, nem (sobre) a luta anticorrupção. O que falamos aqui é a conduta de um ex-juiz".

Em resposta, Sérgio Moro trouxe novas informações. Disse que, durante seu período à frente da Lava-Jato, 291 pessoas foram acusadas pelo Judiciário. ;Proferi 211 condenações, Houve 63 absolvições, 21% do total de sentenças. E aí vocês vem falar de conluio?;. Acompanhe a sessão ao vivo.

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