postado em 20/06/2019 04:15
A força-tarefa da Operação Lava-Jato do Paraná informou, ontem, que os procuradores da República desativaram suas contas do aplicativo Telegram em abril. Em nota, a Lava Jato relatou que, desde então, ;vários de seus integrantes vêm constatando ataques a seus aplicativos;.
A manifestação foi divulgada após o ministro da Justiça, Sérgio Moro, comparecer à Comissão de Constituição e Justiça do Senado para falar sobre supostas mensagens do Telegram ; nas quais o ministro e procuradores da Lava-Jato teriam ajustado passos da operação. As conversas foram divulgadas pelo site The Intercept e são relativas à época em que o atual ministro era juiz federal em Curitiba.
Ainda, conforme divulgado em 14 de maio, a PGR determinou a instauração de um procedimento administrativo para acompanhar a apuração de tentativas de ataques cibernéticos a membros do Ministério Público Federal.
Na nota, a força-tarefa narrou que ;desde abril, vários de seus integrantes vêm constatando ataques criminosos às suas contas no aplicativo Telegram, inclusive com sequestro de identidade virtual;. ;Tendo em vista a continuidade, nos dias subsequentes das invasões criminosas, e o risco à segurança pessoal e de comprometimento de investigações em curso, os procuradores descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo Telegram nos celulares, com a exclusão do histórico de mensagens tanto no celular como na nuvem;, registrou a Lava-Jato.
;Houve reativação de contas para evitar sequestros de identidade virtual, o que não resgata o histórico de conversas excluídas. Também, imediatamente após as constatações, e antes que houvesse notícia pública sobre a investida hacker, a força-tarefa comunicou os ataques à PGR e à Polícia Federal em Curitiba, que, uma vez que não prejudicaria as linhas investigatórias em curso, orientou a troca dos aparelhos e dos números de contato funcionais dos procuradores.;