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Filhos de Paulo Maluf são condenados em SP

postado em 21/06/2019 04:16
A 2; Vara Federal Criminal de São Paulo condenou os filhos de Paulo Maluf, ex-prefeito da capital paulista, por lavagem de dinheiro. Flavio Maluf terá de cumprir oito anos de reclusão em regime fechado. Já suas irmãs, Ligia Maluf e Lina Maluf foram sentenciadas a quatro anos de prisão em regime semiaberto.

Os três são acusados pelo Ministério Público por ocultar valores provenientes de crimes contra a administração pública. Segundo a Justiça, eles têm envolvimento na movimentação de supostos recursos na conta Chanani, no Banco Safra de Nova York, por meio de fundos de investimento.

Segundo a denúncia, a conta recebeu US$ 10,5 milhões (R$ 40,31 milhões) entre janeiro e fevereiro de 1998, por meio de 13 transferências bancárias. O valor seria oriundo de recursos desviados das obras da Avenida Água Espraiada ; a atual Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul da capital paulista ; por meio de operações dólar-cabo. O custo final da obra atingiu aproximadamente R$ 796 milhões.

Os acusados teriam ainda ;promovido a integração do capital, em tese, criminoso, à economia formal brasileira;, por meio da aquisição de debêntures da empresa Eucatex S/A, controlada pela família Maluf. De acordo com o órgão acusatório, teriam sido movimentados US$ 92,2 milhões (R$ 353,95 milhões) entre 1997 e 1998.

A outra questão mencionada na ação é de que Flávio seria o titular de uma conta da Ágata International Holdings Corporation, mantida no MTB Bank of New York, que, segundo o Ministério Público Federal, teria ;desempenhado importante papel no suposto esquema de lavagem de capitais engendrado pela família Maluf;.

A defesa dos filhos de Maluf informou que ainda não teve acesso à sentença e vai se pronunciar quando isso ocorrer. Paulo Maluf também foi condenado por lavagem de dinheiro em 2017 e, desde agosto de 2018, cumpre prisão domiciliar. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público em dezembro de 2006, mas, por conta do cargo exercido por ele na época, de deputado federal, os autos foram enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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