Politica

O primeiro PM na Esplanada

postado em 22/06/2019 04:16


O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Antonio de Oliveira Francisco, é o primeiro policial militar do Distrito Federal a ocupar um cargo no primeiro escalão do Palácio do Planalto. Na corporação, Oliveira atuou por 20 anos, de 1993 a 2013, tendo ingressado como oficial e chegado ao posto de major. Ele foi para a reserva remunerada há seis anos. Recebe, hoje, cerca de dois terços do salário de um major na ativa (cerca de R$ 15.600).

Após ingressar na PM, Oliveira dividiu as responsabilidades como policial com formações acadêmicas. Dentro da corporação, na Academia de Polícia Militar de Brasília, tornou-se bacharel em administração de segurança pública, em 1995, e se especializou em gestão de segurança, em 2008. Além disso, formou-se bacharel em direito pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), em 2006. No ano seguinte, fez pós-graduação em direito público no Instituto Processus e, em 2009, obteve o diploma de docente em assessoria e consultoria parlamentar no Centro Universitário UDF.

Graças à formação, Oliveira atuou como assessor parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal e no Congresso Nacional entre 2003 e 2013. Após isso, de 2013 a 2018, exerceu a função de assessor jurídico e de orçamento em gabinetes parlamentares na Câmara dos Deputados. Neste período, um dos assistidos por Oliveira foi o próprio Jair Bolsonaro, à época deputado federal. Na Casa, o agora ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República também foi assessor parlamentar da Polícia Militar do DF e chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O major de 44 anos também é um velho conhecido de Bolsonaro por ser filho do capitão do Exército Jorge Francisco, que trabalhou com o hoje presidente da República durante duas décadas. Antes de assumir como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Oliveira vinha exercendo o cargo de Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, responsável pela normatização de atos do presidente da República. Por enquanto, ele acumulará as duas funções.

É apontado por Bolsonaro como extremamente técnico e entendido do trâmite legislativo. ;Uma pessoa muito afeta à área da burocracia, uma missão difícil aqui. Temos plena confiança no trabalho dele;, frisou o presidente, ao anunciá-lo como ministro.

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