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CNI/Ibope: desaprovação do governo na Educação sobe de 44% para 54%

Para o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o bloqueio orçamentário nas universidades federais e as manifestações de rua em protesto contra o governo influenciaram a percepção das pessoas

Agência Estado
postado em 27/06/2019 16:27

Jair Bolsonaro

A Educação foi a área que mais pesou na queda da avaliação do governo Jair Bolsonaro entre abril e junho, mostra pesquisa feita pelo Ibope e divulgada nesta quinta-feira (27/6), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O porcentual de pessoas que desaprova a atuação do governo no setor aumentou de 44% para 54% no período. A aprovação, por outro lado, caiu de 51% para 42%.

[SAIBAMAIS]Para o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o bloqueio orçamentário nas universidades federais e as manifestações de rua em protesto contra o governo influenciaram a percepção das pessoas. "Uma das coisas que mais pesaram foi essa discussão em relação a verbas para educação trazida para as manifestações, que acabam chegando mais forte nos ouvidos da população", comentou Fonseca.

A segurança pública continua sendo a área de atuação do governo com maior aprovação, de 54% (era 57% em abril). As supostas mensagens do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, divulgadas pelo site The Intercept Brasil não parecem ter impactado na avaliação, comentou o gerente da CNI. As áreas com maior desaprovação seguem sendo os impostos (61%) e a política de taxa de juros (59%) - que historicamente são alvos de críticas nas pesquisas do instituto.

As notícias mais lembradas pela população em junho, de acordo com a pesquisa, dizem respeito à reforma da Previdência (13%), ao decreto que flexibilizou a posse de arma de fogo em casa (10%) e à divulgação das supostas mensagens de Moro (8%). O Ibope não perguntou às pessoas, no entanto, se a percepção sobre as informações era positiva ou negativa.

O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20 e 26 de junho. O levantamento anterior havia sido realizado de 12 a 15 de abril. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

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