Politica

Manifestantes se reúnem em Minas em ato de apoio ao ministro Sérgio Moro

O protesto ocorre duas semanas depois da divulgação de reportagens pelo site The Intercept Brasil, que questionam a imparcialidade do ex-juiz responsável pela operação Lava-Jato

Flávia Ayer/Estado de Minas
postado em 30/06/2019 12:16
De 10 mil a 15 mil pessoas devem passar pela Praça da Liberdade
Apoiadores do ministro da Justiça, Sérgio Moro, se reúnem na Praça da Liberdade, Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de BH, neste domingo (30).
O protesto ocorre duas semanas depois da divulgação de reportagens pelo site The Intercept Brasil, que questionam a imparcialidade do ex-juiz responsável pela operação Lava-Jato.
Manifestantes defendem o ex-magistrado, a Lava-Jato e pautas do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
"Foram prometidos vazamentos comprovando atividade criminosa por parte do Moro, mas até agora não vimos nada que mostre que ele tenha influenciado a operação ou a eleição", afirma o coordenador do Movimento Brasil Livre em BH, Ivan Gunther, com o boné "In Moro, we trust" (na tradução: em Moro, nós acreditamos) e camisa a favor da Lava-Jato e o rosto do ministro de Bolsonaro.
Segundo ele, o protesto defende pauta, e não pessoas. Entre as elas, está o pacote anticrime de Moro e a reforma da previdência. São esperadas de 10 a 15 mil pessoas na Praça da Liberdade.
Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso e a ex-presidente Dilma Rousseff sem ocupar cargo público, os alvos da vez dos manifestantes são o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
"O Maia e o Alcolumbre estão empurrando as pautas, junto com o STF. O governo quer fazer alguma coisa e não consegue", afirma a auxiliar de recursos humanos Jusmari Amorim, de 60 anos. Ela carregava uma faixa contra os dois parlamentares.
A esteticista Suzana Franco, de 45, pede concurso público ou mandato para ministros do STF. "O STF defende mais os bandidos do que a população de bem. Usam esse poder a favor de quem os coloca lá", diz.

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