postado em 02/07/2019 04:20
O vice-presidente da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), Rodrigo Spada, afirmou, no Correio Debate: 25 anos do real, que não vê a PEC das aposentadorias como a mais emergencial para o país. ;Não somos contra a reforma da Previdência, mas achamos que a reforma tributária é mais urgente e mais importante, porque é ela quem vai fazer o país crescer;, argumentou. ;A reforma da Previdência não cria empregos, não aumenta competitividade. Ela só olha o lado da despesa do gasto público.; Ele ressaltou que se o PIB do Brasil viesse crescendo de 2015 para cá, 1% ao ano, não teríamos deficit, mas uma arrecadação suficiente para superar a crise.
Para ele, o modelo tributário é perverso, por gerar desarmonização e incidir na guerra fiscal horizontal, entre os estados (quando um estado quer roubar a base produtiva de outros) e vertical, com a União (invadindo a base dos estados, municípios e vice-versa).
;Isso gera erosão da base fiscal e distorções de indústrias migrando para lugares onde não teriam um ponto de eficiência ótimo. A tributação deveria ser neutra, e os empresários escolheriam o melhor ponto de investimento, tanto de logística quanto de matéria-prima e mercado consumidor. Não é o que acontece. As empresas se alocam em algum local para obter benefícios tributários;, comentou. Spada frisou que os benefícios fiscais são vistos pelo governo como uma forma de alavancar a arrecadação, mas que acaba gerando um sistema falido.