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Parecer deve manter economia acima de R$ 900 bi em 10 anos, diz relator

No parecer original, apresentado em 14 de junho, a previsão era de impacto de R$ 913 bilhões na próxima década

Alessandra Azevedo
postado em 02/07/2019 17:14

Samuel Moreira não especificou que pontos serão alterados ou trocados

O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que a economia estimada com a complementação de voto, que será apresentada nesta terça-feira (2/7), continuará acima de R$ 900 bilhões em 10 anos. No parecer original, apresentado em 14 de junho, a previsão era de impacto de R$ 913 bilhões na próxima década.

Moreira comentou o assunto ao chegar à sessão da Comissão Especial que debate a reforma na Câmara, nesta terça. Perguntado por jornalistas, afirmou que o a economia será "um pouquinho mais" de R$ 900 bilhões. Ele não especificou que pontos serão alterados ou trocados para garantir praticamente o mesmo impacto do primeiro texto.

O relator fez mudanças significativas em relação à reforma apresentada pelo governo, como a retirada da capitalização, das alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural. A espinha dorsal foi mantida, sendo o ponto principal a idade mínima para aposentadoria, que ficou em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.

Após reunião na Residência Oficial da Presidência da Câmara, pela manhã, Moreira afirmou que os estados e municípios, que também foram retirados no primeiro relatório, podem ser reincluídos durante a tramitação no plenário. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), busca um acordo com governadores para que eles sejam contemplados antes, ainda na Comissão Especial, em troca de votos favoráveis da bancada dos estados.

Segundo o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (PSDB-SP), não houve acordo. Os líderes partidários chegaram à conclusão de que não vale a pena incluir estados e municípios no parecer, porque alguns governadores não estão comprometidos com os votos. A decisão teria sido tomada em acordo, pela manhã, mas ainda não foi oficializada por Maia ou pelo relator.

A sessão desta terça começou com quase uma hora de atraso, pouco antes das 17h. A expectativa do presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PL-AM), é de que Moreira faça a leitura do parecer nesta sessão e, na quarta-feira (3/7), seja possível votar o texto no colegiado. Em seguida, ele irá para avaliação no plenário, onde ainda pode sofrer mudanças.

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