Rodolfo Costa
postado em 05/07/2019 15:27 / atualizado em 01/10/2021 13:58
O presidente Jair Bolsonaro minimizou as ilações e suspeitas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), que, nas redes sociais, colocou em xeque a eficácia na segurança fornecida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A pasta é comandada pelo general Augusto Heleno, um dos principais conselheiros do chefe do Executivo federal.
Sem citar o filho, Bolsonaro declarou que se “dá bem” com o GSI e com Heleno. “Me sinto muito seguro. Não existe segurança 100% infalível. Qualquer presidente (pode correr riscos). Temos notícias que, de vez em quando, (um presidente) sofre um atentado ou outro. Mas confio 100% no general Heleno à frente do GSI”, declarou o presidente da República nesta sexta-feira (5/7).
As ilações de Carlos têm como contexto a prisão do militar Manoel Silva Rodrigues, detido em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína. Em um comentário publicado na segunda-feira (1º/7) no Twitter, Carlos questionou o trabalho de segurança do GSI. “Por que acham que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI? Sua grande maioria podem ser até homens bem intencionados, e acredito que sejam, mas estão subordinados a algo que não acredito”, destacou.
Via
; Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro)
O vereador não explicou o que quis dizer com “homens subordinados a algo que não acredito”, mas a declaração foi interpretada por militares como ataques a quem está no topo da pasta, Heleno, e, consequentemente, os oficiais. Não é a primeira vez que Carlos sugere que oficiais das Forças Armadas não estão alinhados com Bolsonaro. Já chegou a questionar e incitar ataques nas redes sociais ao vice-presidente Hamilton Mourão e ao general Santos Cruz, então ministro-chefe da Secretaria de Governo.