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Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 06/07/2019 04:19

Bancada de São Tomé

Um grupo de deputados passou a sexta-feira ensaiando pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), para deixar a votação da reforma previdenciária em segundo turno para agosto. A ideia é votar o primeiro turno e dar um tempo para que o governo possa honrar os compromissos assumidos por Onyx Lorenzoni em relação a liberação de recursos e espaços de poder. Maia não quer saber disso. Se houver brecha, quebrará até interstício para vencer logo esse tema. Esse será o embate da semana que vem, que correrá paralelamente à pressão dos policiais.


A solução para os policiais

Estão sobre a mesa duas propostas para tentar resolver a situação dos militares: a primeira é suprimir do texto tudo o que fizer referência a policiais, criando uma nova proposta que cuide de todos os agentes da Força Nacional. A outra é colocar desde já no texto essa Força Nacional.


Bem juntinho


O presidente Jair Bolsonaro vai continuar desfilando com o ministro Sérgio Moro. Há quem diga que nem passa pela mente presidencial demitir o ministro por causa dos diálogos divulgados a conta-gotas. Assim, Moro fica a cada dia mais atrelado ao projeto de Bolsonaro, um planejamento que, a preços de hoje, inclui uma campanha pela reeleição.


O medo de Dallagnol

Aumentaram as dúvidas do procurador Deltan Dallagnol sobre comparecer ou não a uma audiência no Senado para falar sobre os diálogos divulgados pelo site The Intercept e revista Veja. É que, se Sérgio Moro, que é ministro, foi chamado de ;juiz ladrão;, para o procurador, os adjetivos que as excelências podem sacar são considerados impublicáveis.


24 a 17

Foi o placar da reforma da Previdência do governo Michel Temer na Comissão Especial. Agora, foram 12 a mais, e num texto mais duro do que aquele, de 2017. A projeção, naquela época, indicava 317 votos ;alcançáveis; no plenário, sendo 295 fechados com a proposta, ou seja, uma diferença de 22 votos entre o número projetado e a realidade.


36 a 13


Agora, com o placar da reforma na Comissão Especial, o governo calcula 330 votos fechados. Ainda que não tenha 22 desse total, fecha justos 308. O clima melhorou e muito, mas é preciso ampliar a folga.


Curtidas

Meia dúzia/ Um grupo protestava contra a força-tarefa da Lava-Jato no final da tarde de sexta-feira em frente ao prédio do Ministério Público, na rua Marechal Deodoro, em Curitiba (foto). Comparado ao que foi às ruas em 30 de junho, em defesa da Lava-Jato e do juiz Sérgio Moro, falta muito para chegar lá.



Momentos de tensão/ Já passava da uma da matina, apenas o último destaque para ser votado, quando deputados do PSL reclamaram e ameaçaram obstruir a votação. Marcelo Ramos, presidente da Comissão Especial, foi direto: ;Não é possível que deputado da base do governo vá obstruir a votação da reforma no último destaque numa hora dessas!”. Funcionou. A galera inconformada por causa dos policiais recolheu os flaps.

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