Politica

Augusto Heleno sai em defesa de Moro: ''Batman atrás do Coringa''

Em palestra para empresários da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, o ministro se referiu ao colega de Esplanada como um ''herói nacional''

Juliana Cipriani/Estado de Minas
postado em 08/07/2019 14:13
Sérgio Moro e Augusto HelenoO chefe de gabinete institucional general Augusto Heleno saiu em defesa do ministro da Justiça e segurança Sergio Moro, que comparou ao Batman na manhã desta segunda-feira (8/7), em Belo Horizonte.

Em palestra para empresários da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o ministro se referiu ao colega de Esplanada como um "herói nacional".
Segundo Heleno, começaram a "inventar conversa ilegal" porque Moro é o "símbolo do Batman atrás do Coringa". "Imagina um homem desse colocado na parede por gente que tem pavor dele?", questionou aos empresários. A declaração foi feita em meio a vazamentos de diálogos do ex-juiz com integrantes da Operação Lava-Jato.

;Os caras querem ver o Batman na parede, engaiolado. Aí começam a inventar que a conversa dele com o procurador é ilegal;, afirmou. No momento que fez a defesa, Heleno foi ovacionado pelos empresários mineiros. "Vou contar para ele o nível de aplausos", disse.

O general falou em incoerências dos que criticam Moro pelas conversas com o procurador da força-tarefa da Lava-Jato Deltan Dalagnno. "Quer dizer que juiz não pode conversar com procurador, mas muitos podem conversar com advogados de defes e e até responder para jantar. São essas incoerências, o país não pode continuar com esse clima de falsidade", disse.

O ministro que é apontado como principal conselheiro do presidente Jair Bolsonaro, disse que Moro precisaria de um teste de sanidade por abdicar de 22 anos de magistratura para aceitar assumir "um pepino desses", disse de referindo à participação dele no governo.

Segundo o general, Sérgio Moro é consagrado internacionalmente e poderia viver "de palestras", mas pensa no Brasil 24h. O ministro defendeu a aprovação do pacote anticrime de Moro, sem o qual disse que o Brasil caminha para virar um "narco país". Segundo Heleno, o projeto não chega ao ideal porque não inclui o "excludente de ilicitude", mas deve ser aprovado.

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