Rodolfo Costa
postado em 10/07/2019 10:27
O presidente Jair Bolsonaro se engajou na articulação política para aprovar a reforma da Previdência ;in loco;, em plena Câmara dos Deputados. O chefe do Executivo federal fez afagos à bancada evangélica nesta quarta-feira (10/7), da qual procurou estender os cumprimentos aos demais parlamentares, em busca de votos e apoio para evitar obstruções e votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019.
Ao longo do início da manhã, ele participou, primeiramente, de um culto na Casa. Depois, marcou presença em sessão solene de celebração dos 42 anos da Igreja Universal do Reino de Deus, onde sentou-se à Mesa Diretora, ao lado do vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP).
Apesar de ;pregar para convertidos;, em aceno a uma bancada que o apoia desde o segundo turno das eleições, o discurso aos evangélicos é positivo em um dia em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se articula para votar a reforma da Previdência. A Frente Parlamentar Evangélica tem 195 deputados, dos quais 14 são de oposição. Ou seja, o governo conta com um apoio potencial de 181 parlamentares.
Mesmo com discursos direcionados para os religiosos, Bolsonaro aproveitou, nas entrelinhas, para pedir apoio. ;Temos momentos críticos pela frente. Mas pior até mesmo do que uma decisão mal tomada é uma indecisão;, declarou. ;E o povo conta com deputados e senadores para que o nosso Brasil realmente deixe de ser apenas no discurso o país do futuro, mas, na prática;, sustentou. Nos últimos dias, o presidente tem reforçado o tom de que, sem a Previdência, a economia do país sofrerá. ;O entendimento de todos nós, parlamentares e Executivo, e, em parte do Judiciário, dirão, realmente, se nós queremos ser uma grande nação ou não;, acrescentou, na sessão plenária.
No culto, Bolsonaro lembrou aos evangélicos o ;quanto a família; sofreu nos últimos anos, em referência tanto à economia, como aos ;valores cristãos;. O presidente frequentemente argumenta que, se o governo não der certo, o país não dará certo, em referência à possibilidade de retorno do PT ao comando do país. ;A força do Executivo com o Legislativo é inimaginável, ainda mais tendo paz e Deus no coração;, declarou, novamente, em aceno a apoio dos religiosos na Câmara.