Rodolfo Costa
postado em 10/07/2019 10:38
O presidente Jair Bolsonaro voltou a reafirmar que usará uma das duas indicações que terá para o Supremo Tribunal Federal (STF) para definir um ministro "terrivelmente" evangélico. E falou isso em duas ocasiões na manhã desta quarta-feira (10/7). . Depois, em sessão solene de celebração dos 42 anos da Igreja Universal do Reino de Deus.
As indicações ao STF são feitas pelo presidente da República à medida em que uma vaga abre na Corte. Normalmente, a vacância ocorre em decorrência das aposentadorias compulsórias dos magistrados, quando completam 75 anos. Durante o mandato de Bolsonaro, dois ministros se aposentarão compulsoriamente até 2022. Celso de Mello, em novembro de 2020, o decano da Corte. E Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.
Aos religiosos nesta manhã, o presidente disse que não recuará no posicionamento de indicar um evangélico à Corte. ;Reafirmo meu compromisso aqui. O Estado é laico, mas nós somos cristãos. Entre as duas vagas que terei direito para indicar, um será ;terrivelmente; evangélico. Meu muito obrigado a todos vocês;, declarou Bolsonaro.
Em café da manhã com jornalistas, em 14 de junho, disse que tomaria essa decisão sinalizando que um religioso poderia ;sentar em cima; de processos como a criminalização da homofobia, ao pedir vista e trancar a pauta na Corte. ;Com todo o respeito, mas (criminalizar homofobia) é uma decisão completamente equivocada. Além de (o STF) legislar, está aprofundando a luta de classes. Se tem um evangélico lá, pedia vista em cima desse processo e ;senta lá em cima; por anos;, sustentou à época.