Politica

Parlamentares do PSol apresentam abaixo assinados contra a nova Previdência

Vice-líder do PSol, o deputado Marcelo Freixo (RJ), afirmou que parte dos nomes foi colhido do lado de fora da Casa, onde manifestantes se reúnem para pedir a derrubada do texto

Luiz Calcagno
postado em 10/07/2019 19:25
Bancada do partido colou as folhas com os registros para dar uma noção da quantidade de nomes colhidos
Parlamentares do PSol exibiram, no plenário da Câmara, listas com centenas de assinaturas, contra a reforma da Previdência. Vice-líder do PSol, o deputado Marcelo Freixo (RJ), afirmou que parte dos nomes foi colhido do lado de fora da Casa, onde cerca de 120 manifestantes, segundo a Polícia legislativa, se reúnem para pedir a derrubada do texto. A bancada do partido colou as folhas com os registros para dar uma noção da quantidade.

;São inúmeros abaixo assinados, colhidos por diversos trabalhadores, de diversas categorias, contra a reforma da Previdência. Categorias de trabalhadores que foram impedidas de entrar hoje na Câmara. Isso aqui é chamado de Casa do Povo quase como uma ironia. Os poucos professores que entraram, entraram porque ganharam uma ação com o ministro Toffoli. Porque lá fora, estão ganhando gás de pimenta e não puderam entrar para defender seus interesses;, reclamou o parlamentar. ;É um retrocesso democrático grande;, acrescentou.

Do lado de fora da Câmara, em um momento de tensão, homens da Polícia Militar pediram que manifestantes se afastassem da entrada. Ocorreu um empurra-empurra e os PMs reagiram com gás-lacrimogêneo, dispersando a multidão. A principal reivindicação era a retirada dos professores da reforma. Os presentes pediram, também, a revisão da situação das mulheres e das viúvas, que poderão receber menos de um salário mínimo de pensão, se perderem o cônjuge.

Questionado sobre o andamento da votação e as chances de impedir que o texto passe, ao menos, nesse semestre, Freixo garantiu que a oposição brigaria até o fim das votações, mas disse acreditar que as votações acabem até sexta. ;Depois que o ministro da Saúde disse que em um dia, dia 8, liberou R$ 980 milhões para deputados para conseguir votos na reforma da previdência, ele claramente disse que através dos recursos da saúde, os votos da previdência foram comprados. O nome disso é estelionato. É lamentável que as pessoas se vendam e depois ergam a bandeira do Brasil aqui dentro. Nesse sentido, eles têm uma ampla maioria, mas nós vamos lutar de pé e até o final;, afirmou.

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