Politica

Toffoli nega pedido para suspender votação da reforma da Previdência

Deputado do Psol questionou o fato do governo federal ter liberado R$ 1,1 bilhão em emendas parlamentares um dia antes da votação na Câmara

Renato Souza
postado em 10/07/2019 19:46
dias toffoli
O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na noite desta quarta-feira (10/7) um pedido de liminar para suspender a votação da reforma da Previdência na Câmara. A solicitação foi apresentada na Corte pelo deputado Ivan Valente (Psol).

[SAIBAMAIS]No documento, o parlamentar alega que o "governo federal tomou medidas ilícitas", ao liberar emendas parlamentares na iminência da votação. Um dia antes da votação, o governo liberou R$ 1,1 bilhão em emendas que para a área de saúde, destinadas a Assistência de Média e Alta Complexidade e do piso da Atenção Básica.

Essas emendas estão previstas no orçamento da União, e deputados e senadores que decidem onde serão aplicadas. Para Ivan, o presidente usou a máquina pública para comprar votos dos deputados. "A Reforma da Previdência deve ser imediatamente suspensa por fraude à Constituição e ao devido processo legislativo. A liberação de emendas, na forma como feita, é nula", sustenta a peça enviada pelo parlamentar.

Ele também pediu que o Supremo bloqueasse a liberação dos recursos "ilegais". Bolsonaro se defendeu, afirmando que está seguindo a legislação. "A Emenda Constitucional 86/2015 tornou as emendas parlamentares individuais impositivas, portanto independe da vontade do Presidente a sua liberação. Outros recursos previstos no orçamento, havendo disponibilidade, também são liberados para obras em estados ou municípios", postou no Twitter.

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