As mudanças referem-se aos passaportes infantis. Para o preenchimento dos documentos, a Polícia Federal (PF) cobra o preenchimento dos nomes dos genitores, além de informar o gênero de cada um. Para Bolsonaro, é algo inconcebível. ;Em nosso passaporte estamos acabando com a história de genitor 1 e 2. Estamos botando os termos ;pai e mãe;;, declarou o presidente, em discurso direcionado ao presidente da bancada evangélica, Silas Câmara (PRB-AM).
O presidente citou o nome do chanceler brasileiro e, embora não tenha citado nominalmente o nome de Moro, subentende-se que as mudanças aos passaportes têm diretriz conjunta das duas pastas. Afinal, os documentos são emitidos pela PF, órgão vinculado ao Ministério da Justiça. ;O nosso Itamaraty aqui, que tem à frente o embaixador Ernesto Araújo, estamos acabando com a história de genitor;, disse.
A declaração foi dita em um contexto mais amplo, sobre a candidatura do Brasil à reeleição no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas. ;O Silas, se me permite, só para reforçar ou complementar. Nós estamos disputando na ONU nossa candidatura à reeleição no Conselho de Direitos Humanos e nossa pauta é baseada no fortalecimento das estruturas familiares e a exclusão das menções de gênero;, declarou.
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