postado em 11/07/2019 21:44
Ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o diplomata morreu nesta quinta-feira (11/7), aos 81 anos, vítima de uma parada cardíaca. Átila almoçava em um shopping da cidade quando se sentiu mal e foi levado ao Hospital de Base, onde passou por cirurgia. No entanto, não resistiu. Com a esposa, Tania Boureau Álvares da Silva, tinha dois filhos: Patrícia e Alexandre.
Mineiro de Nova Lima (MG), concluiu o ensino básico no Rio de Janeiro, onde entrou, em 1957, no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Pontifícia Universidade Católica Direito do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde se formou em 1961. Nesse mesmo ano, concluiu o curso de preparação para a carreira de diplomata pelo Instituto Rio Branco.
No Ministério das Relações Exteriores (MRE), foi assessor da Divisão de Pessoal; oficial de gabinete do ministro; assessor técnico da Presidência da República; assessor da Divisão de Política Comercial, da Divisão de Atos Internacionais e da Divisão de Produtos de Base; chefe do setor econômico da Embaixada do Brasil em Buenos Aires; e chefe da Divisão de Pessoal no MRE.
Em 1977, tornou-se conselheiro do MRE e, no ano seguinte, tornou-se assessor adjunto da assessoria especial de relações públicas da Presidência da República. Quatro anos mais tarde, tornou-se porta-voz do presidente João Figueiredo, último do regime militar. Foi Figeueiredo que o indicou, em 1985, para o cargo de ministro do TCU, o qual presidiu no biênio 1992 e 1993. Criou, então, o Instituto de Formação Serzedello Corrêa, um marco na transformação do tribunal em um órgão altamente técnico.
Criação da rede Sarah
Carlos Átila se aposentou do tribunal em dezembro de 1998, passando a atuar como advogado. Nos últimos anos, tinha outras duas grandes paixões: a Cachaça do Ministro, aguardente que produzia em uma fazenda em Alexânia (GO), e a Rede Sarah de hospitais, da qual foi presidente do Conselho nos últimos anos.
"Foi um homem fundamental na história da rede Sarah. Ele teve a ideia de trazer para o Brasil o primeiro contrato de gestão, objetivando melhorar a administração de recursos públicos no país. A rede Sarah foi criada por este primeiro contrato, viabilizado por uma lei redigida por ele e aprovada pelo Congresso Nacional", conta a neurocientista Lúcia Willadino, presidente da Rede Sarah. "Foi presidente do nosso conselho de administração por oito anos, e certamente deixa seu legado. Hoje atendemos 1,7 milhão de pacientes graças à ideia desse brilhante cérebro. A ele todo nosso agradecimento", completa.