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TRF-4 julga dois pedidos de suspeição no caso do sítio de Atibaia

Para os advogados, o desembargador Thompson Flores deve ser declarado suspeito em razão de sua atuação enquanto era presidente do TRF-4

Hellen Leite
postado em 18/07/2019 13:31
Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de AtibaiaO Tribunal Regional Federal da 4; Região (TRF-4) julga nesta quinta-feira, (18/7), dois pedidos de exceções de suspeição no caso do sítio de Atibaia, envolvendo o ex-presidente Lula. Os pedidos partiram da defesa do petista.

Os advogados de Lula pedem que o ex-diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Rogério Galloro, seja chamado a prestar informações em um processo que aponta que o desembargador Thompson Flores é suspeito de analisar ações do ex-presidente na 8; Turma do TRF-4. Lula cumpre pena de 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio.

Para os advogados, Thompson deve ser declarado suspeito por sua atuação enquanto era presidente do TRF-4 para impedir a soltura de Lula, em julho do ano passado. Segundo a defesa, naquela ocasião, o petista havia conseguido um habeas corpus durante o plantão judicial, mas permaneceu preso após Thompson telefonar para Galloro e pedir que o ex-presidente fosse mantido na cela, na sede da PF em Curitiba.

[SAIBAMAIS]Flores nega que tenha dado ordens para o então diretor-geral da PF, mas em entrevista, Galloro confirmou ter recebido a orientação. "Eu estou determinando, não soltem", teria dito.

A defesa pede que Rogério Galloro seja inscrito como testemunha para que preste os esclarecimentos diante de um juiz. Os advogados de Lula também querem que o desembargador explique a contradição das informações prestadas após o episódio e esclareça se houve orientações informais do então juiz Sérgio Moro no caso.

Prazo curto


Os advogados de Lula também pedem que o julgamento da suspeição de Thompson Flores, previsto para a tarde desta quarta-feira, (18/7), seja remarcado. A defesa alega prejuízo à sua atuação e afirma que o processo, ajuizado no último dia 1; de julho, ;vem tramitando com ímpar celeridade; e indica que a sessão foi marcada logo após parecer do Minitério Público Federal.

;Não há que se falar em normalidade processual em razão da repentina indicação de julgamento da Exceção em processo que teve parecer apresentado ontem [terça-feira];, diz a petição, que ainda indica que pedidos semelhantes levaram mais tempo para serem julgados.

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