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Bolsonaro defende que trabalho de embaixador é ''cartão de visitas''

De acordo com o presidente, Eduardo tem boa interlocução com a família do presidente norte-americano Donald Trump, o que favorecia a indicação dele

Hamilton Ferrari
postado em 18/07/2019 19:14
Eduardo Bolsonaro e Jair BolsonaroO presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a defender, em solenidade de comemoração aos 200 dias de governo, que o seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é uma indicação estratégica para ser embaixador nos Estados Unidos (EUA). Segundo ele, Eduardo tem boa interlocução com a família do presidente norte-americano Donald Trump, o que favorecia a indicação dele.

[SAIBAMAIS]As declarações foram dadas na tarde desta quinta-feira (18/7) no Palácio do Planalto, onde ocorreu o evento. Bolsonaro levou o discurso para o lado pessoal e contou a história de como o deputado ficou amigo da família do presidente norte-americano: ;Quem é pai, mãe, querem filho melhor do que vocês. Eu quero meus filhos melhor do que eu. O meu filho, Eduardo, para encerrar, ia sair do Brasil. Daí eu estimulei. Qual pai quer que o filho saia? Não quer. presta um concurso. passou pra PF. Já falava inglês e espanhol e enquanto aguardava o recrutamento ele fez intercâmbio e ficou seis meses nos EUA;, disse. ;É uma pessoa bastante comunicativa. Entre outras coisas, se aproximou, depois, no futuro, da família do presidente norte-americano;, completou.

Neste ano, na Casa Branca, em reunião reservada entre Trump, Bolsonaro e intérpretes, ;e mais ninguém, nem nosso ministro das Relações Exteriores;, o presidente norte-americano fez questão de convidar Eduardo e assistir a reunião. ;A amizade que ele tem pelos meus filhos não tem preço. O trabalho de quem é embaixador, um dos mais importantes, é ser cartão de visita;, enfatizou.

Bolsonaro ainda comparou com outras situações: ;imagina se Macri tivesse um filho embaixador aqui no Brasil. Uma ligação para mim, eu atenderia agora ou pediria ao ajudante de ordem para marcar uma data futura? Atenderia agora!”, ressaltou.

Assim que a mensagem com a indicação de Eduardo for encaminhada para o Congresso, o Senado ainda vai precisar validar na Comissão de Relação Exteriores e no plenário. ;Eu não tenho autoridade para colocá-lo lá;, enfatizou Bolsonaro. Em seguida, insinuou um caso hipotético de que o deputado federal e filho dele poderia ser chamado para ser ministro das Relações Exteriores.

;Eu poderia chamar o Ernesto (Araújo, ministro do Itamaraty) agora. (Dizer) Muito obrigado, vou te indicar para ser embaixador dos EUA e você, Eduardo, vai ser ministro do Itamaraty. Poderiam até dizer, mas veja bem, não tem competência ser embaixador e vai comandar agora quase 200 embaixadores do mundo; alegou.

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