Agência Brasil
postado em 20/07/2019 19:03
O presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado (20/7), que não vai propor o fim da multa de 40% sobre o salto do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de empregados demitidos sem justa causa. ;Em nenhum momento vocês vão me ouvir falando de acabar com multa de 40% FGTS;, disse a jornalistas, em entrevista em frente ao Palácio do Alvorada.
[SAIBAMAIS]Ele ponderou, no entanto, que a multa virou regra, uma vez que é difícil ocorrer, segundo ele, demissões sem justa causa. ;Dificilmente, você dá demissão por justa causa. Mesmo dando, o cara entra com ação contra você. Dificilmente se ganha ação nesse sentido. Os patrões pagam [a multa];, disse.
;Assim como quem estava empregado ficou mais difícil ser demitido, quem empregava começou a não empregar mais pensando em possível demissão;, justificou. Apesar disso, afirmou: ;Não vou propor [o fim dos] 40%;.
Nessa sexta-feira (19/7) à noite, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto divulgou nota à imprensa negando qualquer estudo sobre o fim do pagamento da multa.
Saque do FGTS
O presidente disse ainda que, neste domingo (21/7), fará uma reunião com ministros para tratar do saque do FGTS. ;A palavra final eu vou ouvir essa semana da equipe econômica;, diz. O governo estuda liberar o saque de parte do saldo das contas ativas e inativas do FGTS. A medida injetaria recursos capazes de estimular a economia.
Segundo o presidente, ;pequenos acertos; estão sendo feitos. ;Não queremos desidratar a questão do Minha Casa, Minha Vida, que é importante para quem precisa de uma casa. Não queremos ser irresponsáveis;. O programa do governo federal, que oferece condições atrativas para o financiamento de moradias para famílias de baixa renda, usa recursos do fundo.
Reforma da Previdência
Bolsonaro disse não acreditar que as críticas que fez a governadores do Nordeste terão impacto na votação da reforma da previdência no Congresso Nacional. ;O parlamento não é tão raso como vocês estão pensando;, disse.
A reforma da previdência foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados. A proposta ainda precisa ser aprovada na Casa em mais um turno de votação antes de ser remetida para o Senado Federal, onde terá também que ser aprovada em dois turnos de votação no plenário.