Agência Brasil
postado em 23/07/2019 14:31
O governo cessou o status de refugiados de três paraguaios acusados de sequestro no país vizinho, em decisão publicada pelo Ministério da Justiça no Diário Oficial, nesta terça-feira (23/7). Juan Francisco Arrom Suhurt, Anuncio Martí Méndez e Victor Antonio Colmán Ortega receberam status de refugiados em 2003, quando justificaram o pedido do status por terem sofrido perseguição e tortura pelo governo paraguaio em 2002.
No Paraguai, eles são acusados de sequestrar a mulher de um empresário do setor da construção em 2002. A vítima, Mari%u0301a Edith Bordo%u0301n de Debernardi, escapou com vida de dois meses de cárcere, depois que os familiares pagaram resgate de US$ 1 milhão. De acordo com o governo paraguaio, os três nacionais pertenciam a uma organização chamada Pátria Livre, que deu origem ao grupo Exército do Povo Paraguaio.
O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) já havia declarado a cessação da condição de refugiado em 14 de junho, em reunião ordinária, por por inexistência de fundado temor de perseguição. Em maio, a Corte Interamericana de Direitos absolveu o governo paraguaio das acusações de perseguição, feitas pela defesa.
;O Brasil não será mais refúgio para estrangeiros acusados ou condenados por crimes comuns (no caso, extorsão mediante sequestro), seja de Batisti, Arrom, Martí ou de outros. A nova postura é de cooperação internacional e respeito a tratados. Aqui não é terra sem lei;, escreveu o ministro da Justiça, Sérgio Moro, no twitter. ;O ministro Moro retirou o status de refugiado concedido pelo governo Lula (2003) para três terroristas do Exército do Povo (EPP). Voltarão para seu seu país e pagarão pelos seus crimes, a exemplo de Cesare Battisti, preso na Itália;, postou o presidente Jair Bolsonaro.
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Moro compartilhou uma postagem do presidente paraguaio Mario Abdo Benítez, que anunciou a revogação do refúgio. ;O Brasil não será mais refúgio para estrangeiros acusados ou condenados por crimes comuns (no caso, extorsão mediante sequestro), seja de Battisti, Arrom, Martí ou de outros. A nova postura é de cooperação internacional e respeito a tratados. Aqui não é terra sem lei;, escreveu Moro na rede social.
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