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Um dos presos pela PF recebeu cópias das mensagens de Moro, diz advogado

De acordo com a defesa, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos disse ter recebido parte dos diálogos que estavam em poder de Walter Delgatti Neto, também preso na operação

Renato Souza
postado em 24/07/2019 14:23
Gustavo Henrique Elias Santos e Walter Delgatti Neto foram presos em ação da PFO advogado Ariovaldo Moreira, que defende dois dos presos na operação da Polícia Federal que mira suspeitos de invadirem o celular do ministro Sérgio Moro, declarou que o cliente chegou a receber alguns trechos das mensagens que foram interceptadas.

[SAIBAMAIS]De acordo com Moreira, o DJ Gustavo Henrique Elias Santos, um dos detidos pela PF, disse que recebeu, por computador, parte dos diálogos que estavam em poder de Walter Delgatti Neto, também preso na operação.

"Segundo relato do Gustavo, o vermelho mostrou pra ele algumas interceptações de uma autoridade (Sérgio Moro), tempos atrás. Inclusive vai ser esse depoimento que ele vai dar hoje a tarde", disse o advogado.

Moreira afirmou ainda que o cliente fez prints das mensagens recebidas. "O que ele me disse, é que ele chegou a ver isso no computador dele. Inclusive ele printou isso no computador. E ele me disse que no aplicativo dele, ele devolveu a mensagem para o Walter, dizendo que ele teria problemas", completou o defensor.

Gustavo mora com Suellen Priscila de Oliveira, que também foi presa, na capital paulista. No apartamento deles, foi encontrado R$ 100 mil em espécie. O dinheiro, de acordo com o acusado, é fruto da compra e venda da moeda virtual Bitcoin. "O Gustavo é DJ e disse que estava operando a compra e venda de Bitcoins. Ele disse que tem como provar isso", declarou Moreira.

Hackeamento

Na decisão que autoriza as prisões e o cumprimento de mandados de busca e apreensão, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10; Vara Federal de Brasília, detalha como teria ocorrido a invasão ao celular do ministro Sérgio Moro e dos demais alvos.

De acordo com o magistrado, as investigações da Polícia Federal apontam que os supostos hackers tiveram acesso a um código enviado pelo Telegram para que a conta de Moro fosse acessada por computador.

O código é enviado por meio de uma ligação. ;O invasor então realiza diversas ligações para o número alvo, a fim de que a linha fique ocupada e a ligação contendo o código de ativação do serviço Telegram Web seja direcionada para a caixa postal da vítima;, descreve Vallisney em sua decisão.

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