postado em 30/07/2019 04:04
Polêmicas não faltaram para o presidente Jair Bolsonaro ontem. Outro comentário controverso foi dito em relação ao jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do site The Intercept Brasil. Depois de ter dito, no sábado, que o comunicador ;talvez; pegasse uma ;cana; no Brasil, ele voltou a comentar o assunto, sugerindo que possa ter havido transações financeiras em torno da publicação das reportagens sobre os diálogos vazados entre o ministro Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava-Jato.
Sem dizer se teve acesso ou não às investigações envolvendo a prisão de supostos hackers na Operação Spoofing, Bolsonaro usou de ilações para insinuar que Greenwald possa ter cometido crimes. ;Eu estou achando que, no meu entender, ele cometeu um crime, porque, em outro país, ele estaria já numa outra situação. Espero que a Polícia Federal ligue os pontos todos;, sustentou.
Um dos presos na operação, Walter Delgatti, admitiu, em depoimento, ser a fonte que repassou os diálogos para Greenwald. Contudo, negou ter recebido dinheiro em troca do fornecimento dos diálogos ao jornalista. Ainda assim, Bolsonaro deixou clara a dúvida sobre a veracidade das declarações.
O The Intercept não confirma se recebeu as informações de Delgatti nem como teve acesso aos registros dos diálogos. Para Bolsonaro, são criminosos. Questionado sobre quais seriam os crimes cometidos por Greenwald, o governo se eximiu de responder.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, limitou-se, em mais de uma ocasião, em diferentes questionamentos de jornalistas no início da noite de ontem, a se posicionar por meio de nota oficial. ;O presidente tem se pronunciado no entendimento dele, pessoal, com relação a essa invasão de hackers;, afirmou.
Armas
;Não tinha ninguém armado para dar um tiro nele né, tudo bem;, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, no primeiro pronunciamento sobre a morte a facadas de duas pessoas por um morador de rua domingo, no Rio de Janeiro.
;Tava drogado o cara, né;, disse Bolsonaro sobre o morador de rua. ;Tem que buscar a solução para essas coisas, eu estou fazendo o possível aqui;, completou. Como já declarou várias vezes, ele é defensor da legalidade do posse e da porte de armas. ;Se você, cidadão armado, em legítima defesa de sua vida e de terceiros, da sua propriedade, você pode atirar, não interessa quantos tiros vai ser, você entra no excludente de ilicitude;, pontuou. (RC)