postado em 31/07/2019 04:04
Apesar dos pedidos de soltura feitos pelos advogados, os quatro presos na Operação Spoofing, da Polícia Federal (PF), ficam encarcerados pelo menos até amanhã. O juiz Vallysney de Souza Oliveira, da 10; Vara Federal de Brasília, decidiu manter as prisões temporárias dos acusados de invasão ao celular de autoridades dos Três Poderes. Nesta quinta-feira, termina o prazo inicial de reclusão. Mas este tempo pode ser prorrogado, a depender da avaliação do magistrado. Se as prisões preventivas forem decretadas, o grupo pode ficar na cadeia até o fim das investigações.
Walter Delgatti Neto, Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira estão detidos em Brasília, enquanto as equipes policiais rastreiam seus últimos passos, tanto no mundo físico quanto no virtual, a fim de colher provas para entender a amplitude da interceptação de conversas de juízes, procuradores, jornalistas e parlamentares.
Eles foram ouvidos ontem pelo juiz, em uma audiência de custódia. O magistrado entendeu que não existem motivos imediatos para que a liberdade seja concedida. Dois dos acusados relataram ter recebido ;maus-tratos; na PF. Gustavo e Suelen Priscila alegaram ter sido menosprezados por policiais da corporação a partir do momento em que foram detidos na casa onde moram juntos, em São Paulo. Já em Brasília, o casal reclamou do tratamento recebido na Superintendência da Polícia Federal e na Penitenciária Feminina da capital, a Colmeia.
As alegações da dupla foram coletadas pela representante do Ministério Público Federal (MPF) na audiência. A procuradora da República Mônica Brandão vai avaliar um eventual pedido de instauração de inquérito por abuso de autoridade. Além disso, ela pediu que as declarações dos investigados sejam enviadas à Corregedoria da PF, para avaliação da conduta dos agentes.