postado em 06/08/2019 04:04
Os generais Eduardo Villas-Boas, assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Palácio do Planalto, e Alberto Cardoso afirmaram ontem que o Estado brasileiro está sendo ;alvo de um ataque indireto de nações estrangeiras que utilizam o discurso a favor da preservação da Amazônia em nome de seus interesses pelas riquezas do país;. Eles apresentaram a palestra ;Intérpretes do pensamento estratégico-militar;, no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, em Brasília.
;Há hoje uma guerra indireta em andamento, que, agora, imediatamente, após a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, envolve a Alemanha, o Uruguai, os Estados Unidos e outros países. E o curioso é que são países que se consideram com autoridade moral de apontar o dedo para o Brasil;, disse Villas-Boas. ;A Amazônia abriga uma riqueza de 23 trilhões de dólares. São 17 trilhões em recursos minerais e 6 trilhões de biodiversidade.
A Amazônia abriga soluções para os problemas mais importantes da humanidade, como a água, a produção de alimentos, energia renovável, biodiversidade, mudanças climáticas;, acrescentou. Para ele, a Amazônia precisa de uma administração que leve em conta os componentes social, econômico e de segurança, com a participação das Forças Armadas.
O general Alberto Cardoso, que foi chefe do Gabinete Militar no governo Fernando Henrique Cardoso, afirmou que a disseminação de problemas na Amazônia, como desmatamento e a questão indígena, está por trás de uma manobra externa e interna contra o país. ;É essa história que estamos vendo sobre a Amazônia. É uma manobra indireta. O Estado brasileiro está sendo fixado, com esse ataque de fixação, com essas acusações. Genocídio, invasão de terras indígenas, agronegócio, mineração, meio ambiente. Isso aqui são instrumentos de fixação, de ataques ao Estado brasileiro. Há uma manobra externa forte nisso aí, e interna também;, disse o general.
Também ontem, o presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar a exoneração do agora ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão. Em Sobradinho (BA), ele culpou o que chamou de ;maus brasileiros;, que divulgaram ;números mentirosos; sobre o desmatamento na Floresta Amazônica. No domingo, ele havia avisado que ;certas coisas; ele ;manda, não pede;, justificando a decisão que tomou ao determinar que o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, exonerasse Galvão.