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Possibilidade de taxar igrejas é nula segundo Bolsonaro

Em encontro com parlamentares, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro descartou a possibilidade de taxar igrejas

Rodolfo Costa
postado em 07/08/2019 17:16
Presidente Jair Bolsonaro, durante culto na igreja Fonte da Vida, no SIG.O presidente Jair Bolsonaro descartou qualquer possibilidade de taxar igrejas. O assunto foi tratado amplamente na manhã e no início da tarde desta quarta-feira (7/8) em conversas com parlamentares, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Pela manhã, defendeu, ainda, uma maior simplificação na prestação de instituições religiosas.

Depois de um café da manhã com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro manteve uma extensa agenda com líderes religiosos e parlamentares da bancada evangélica a respeito de tributação sobre igrejas. As reuniões começaram por volta das 10h10 e encerraram somente por volta das 15h.

A primeira agenda no Palácio do Planalto foi com Cintra e o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), vice-líder do partido na Câmara e membro da bancada evangélica. Depois, recebeu os deputados Gilberto Nascimento (PSC-SP) e Marco Feliciano (Podemos-SP), vice-líder do governo no Congresso. Ambos são da Frente Parlamentar Evangélica.

[SAIBAMAIS]A terceira reunião teve a presença do missionário R.R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, do deputado federal David Soares (DEM-SP), do deputado estadual Filipe Soares (DEM-RJ), e do juiz federal William Douglas. O governo esteve representado por Cintra, Guedes, e pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Depois das reuniões, Bolsonaro almoçou com lideranças e parlamentares evangélicos na casa do presidente da bancada religiosa, deputado federal Silas Câmara (PRB-AM), com quem o presidente se reuniu a sós no retorno ao Planalto. Somente às 16h, quando o capitão reformado recebeu o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, encerrou a romaria aos religiosos.

Isenção


Pela manhã, Bolsonaro antecipou as pretensões de não taxar as igrejas. ;Eu não quero taxar. Chega de taxar. Já tenho falado que é difícil ser patrão no Brasil. Também é ser empregado, mas pior é ser desempregado. Tenho conversado com o Paulo Guedes e estamos estudando lançar o programa Minha Primeira Empresa, para, assim, quem está desempregado criar uma empresa;, disse.

A reforma tributária em discussão pelo governo sugere um tributo de ponta a ponta sobre quaisquer transações financeiras. A ideia é que o imposto substitua a contribuição previdenciária sobre os salários, de modo que também fosse pago pelas igrejas, hoje isentas de tributação.

;Tem uma dúvida muito grande da Constituição Federal quando fala de isenção de impostos. O assunto vem sendo discutido com vários setores. Essa que é a nossa intenção, discutir esse assunto. Se chegarmos a uma conclusão que tem amparo legal para você acabar com alguma taxa, então acaba. Agora, não queremos complicar. Não pode cada igreja ter um contador. Ninguém aguenta isso;, sustentou.

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