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Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 11/08/2019 04:04


Entre Deltan e o Senado
Os senadores estão de olho no que fará o Conselho Nacional do Ministério Público na próxima terça-feira, quando estarão em pauta os pedidos de abertura de processo contra o procurador Deltan Dallagnol. É que, dos 14 conselheiros, pelo menos cinco aguardam decisão do Senado para a recondução: Dermeval Farias Gomes Filho, Lauro Machado Nogueira, Marcelo Weitzel, Sebastião Caixeta e Sílvio Roberto de Amorim Júnior.

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Muitos dos pedidos contra Deltan têm origem no Senado, e alguns abrem brecha para o afastamento do procurador enquanto durarem as investigações.Já tem gente dizendo que muitos procuradores não vão querer colocar a recondução em risco para proteger o procurador da força-tarefa da Lava-Jato de alguma punição disciplinar.


Pressão eleitoral I
Com dificuldade em montar as chapas sem coligação para concorrer às eleições do ano que vem, dirigentes partidários pressionam o Congresso para aprovar, em um mês e meio, qualquer dispositivo que permita a federação de partidos. Esse tema vai tomar conta do debate a partir da semana que vem, uma vez que as mudanças devem ser aprovadas até um ano antes da eleição, ou seja, até final de setembro.


Pressão eleitoral II
Se o clima for favorável, os partidos vão tentar, ainda, mudar a forma de financiamento. É consenso que, diante da profusão de candidaturas de vereadores e prefeitos por todo o país, o financiamento público que vigorou na eleição passada será insuficiente. Essa será a discussão paralela à reforma tributária que vai tomar conta da Câmara a curto prazo.


Lá e cá
Diplomatas brasileiros nos mais diferentes países perceberam um aumento das notícias negativas sobre o Brasil no exterior. O esforço agora é mostrar que o presidente é polêmico, mas não incendiará as garantias individuais ou as florestas brasileiras.


Enquanto o país se distrai;
; Com a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington, outros chefes de missão diplomática vão ficando nos seus respectivos postos sem serem incomodados. Em Nova York, permanece Mauro Vieira; em Tóquio, Eduardo Saboia;
em Pequim, Paulo Silva. Nenhum ligado ao atual governo.


; As mudanças são poucas
Até agora, o chanceler Ernesto Araújo só trocou o embaixador na França, onde assumiu Luiz Fernando Serra, e o do Canadá, onde assumirá Pedro Bório. Vale lembrar que Pedro Bório era o nome do agronegócio para Washington.


CURTIDAS

E a capitalização, hein?/ A insistência do governo em implementar a capitalização como regime de Previdência é vista por setores do Parlamento como coisa para daqui a 10 anos. O único que adota cautela é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto). No papel de comandante, não avança o sinal. Diz que é necessário, antes de qualquer avaliação, conhecer o texto. Está certo.

Quem ganha.../ É consenso entre os parlamentares que o presidente Jair Bolsonaro não atuou diretamente para ajudar a aprovação da reforma da Previdência. Porém, todos consideram que, politicamente, ele será o maior beneficiário de qualquer ação que melhore o ambiente econômico.

...é o Executivo/ Quem tentou ver se essa história poderia ser diferente fez uma enquete entre deputados com a seguinte pergunta: Quem era o presidente da Câmara quando as primeiras medidas do plano real foram aprovadas? Ninguém se lembra de cabeça. Era Inocêncio Oliveira (PFL-PE). Sinal de que o comandante da Câmara, Rodrigo Maia, terá que bater muito bumbo se quiser marcar seu protagonismo nesse quesito.

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