postado em 13/08/2019 04:04
Qualidade do ajuste preocupa especialistas
O último relatório do Instituto Fiscal Independente (Ifi) reafirma a necessidade de o governo conter os gastos obrigatórios, que cresceram 0,6% no primeiro semestre. Os discricionários caíram 23,5%. ;Chama atenção a baixa qualidade do ajuste, que penaliza investimentos;, alertam os técnicos no estudo. Eles advertem que os cortes de investimentos têm um limite e que, diante da pressão das despesas obrigatórias, o governo terá que se dedicar a mudar seus gastos estruturalmente, de forma a evitar o ;shut down;, ou seja, a paralisação da máquina pública. Tudo bem que
não é no curtíssimo prazo que isso ocorrerá, mas é preciso prevenir.
Mercosul, Europa e Bolsonaro
Senadores acompanham de perto a queda vertiginosa da Bolsa de Valores na Argentina, os reflexos imediatos no Brasil e as declarações do presidente Jair Bolsonaro a respeito do resultado favorável ao grupo de Cristina Kirchner. O receio é de que o presidente decida rever o acordo do Mercosul com a União Europeia por causa da eleição argentina. Aliás, o presidente, depois de uma resposta ríspida à Alemanha em relação ao Fundo da Amazônia e o descaso com o chanceler francês, terá que se desdobrar para garantir a aprovação do acordo nos parlamentos dos países europeus. Não por acaso, vem por aí uma campanha do governo brasileiro para tentar melhorar a imagem do Brasil no exterior. Porém, se o presidente continuar em guerra verbal com alguns importantes países europeus e não acolher o resultado das eleições na Argentina, o trabalho será triplicado.
É o que tem...
As apostas dos políticos das mais variadas matizes é a de que o presidente Jair Bolsonaro conseguirá formar uma base ampla na Câmara e no Senado. E por um único motivo: os partidos de centro não têm hoje um líder com apelo popular.
; para hoje
A oposição continua capitaneada pelo PT e o centro ainda não tem ninguém para chamar de seu em construção. Vale lembrar que Jair Bolsonaro começou sua campanha em 2014 e ficou quatro anos na pista. No centro, ninguém desponta. Nem mesmo João Doria caminha como caminhou Bolsonaro. Tem um partido grande e precisa cuidar da casa primeiro.
O que eles querem saber
A adesão de hoje ao movimento contra os cortes na educação será acompanhada de perto tanto pelo governo quanto pela oposição. O governo para saber o tamanho da insatisfação e os oposicionistas desejam saber onde podem investir. Daqui a 12 dias, tem outra, de apoio ao ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. É mais um movimento que chama a atenção de ambos. A oposição quer ver o alcance da Lava-Jato. E o governo quer medir o prestígio de Moro.
- "Será um grande dia;
Da procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, perguntada sobre
sua expectativa para a reunião do
Conselho Nacional do Ministério Público
em que está prevista a análise do caso
do procurador Deltan Dallagnol
Por falar em Raquel;
Ela fez questão de comparecer à homenagem do Senado ao general Villas Boas e foi muito bem tratada e apoiada pela legião de militares presentes. Além desse movimento, ela prorrogou a força-tarefa da Lava-Jato por mais um ano. Sinal de que não jogou a toalha e ainda está no páreo para permanecer no cargo.
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Quem já foi rei.../ O ex-senador Romero Jucá (foto) continua ;bombando; nas altas rodas. No seminário sobre declaração dos direitos de liberdade econômica, ele não estava à mesa, mas na nominata do corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, foi citado antes do ministro Paulo Guedes e chamado de ;senador;.
...não perde a majestade/ O cerimonial achou estranho, uma vez que as autoridades sempre são as primeiras a receberem os agradecimentos de quem discursa. Para completar, Guedes foi o quinto a falar, depois de deputados e senadores e não escondeu a impaciência. Mal acabou seu pronunciamento, saiu aflito. É, os números da economia, realmente, não estão dando descanso ao ministro.
Na terra, na água.../ Além da volta de motocicleta, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou ainda o fim de semana de Sol para uma volta de jet-ski no Lago Paranoá. Quem estava num veleiro tomou um susto ao ver o presidente passar, seguido de uma lancha da Marinha.
...E no rodeio/ No próximo sábado, o presidente vai à festa do peão, em Barretos. A prioridade dele é aproveitar todos os momentos possíveis para estar perto dos eleitores. Afinal, campanha, ele bem sabe, não faz do dia para a noite.