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Egípcio procurado pelo FBI é perseguido político, diz defesa

Mohamed Ibrahim deve se apresentar à Polícia Federal. A defesa argumenta que não há acusação formal contra o cliente

postado em 13/08/2019 16:55

foto do egípcio procurado pelo FBI morando no BrasilO egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, 42 anos, procurado pelo FBI por suposta ligação com o grupo terrorista Al-Qaeda, irá se apresentar à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. A data e o horário ainda não foram informados. De acordo com a defesa, ele é um perseguido político.

A informação é da Folha de S Paulo. Segundo o advogado Musslim Ronaldo Vaz, Ibrahim era integrante do movimento Al-Gama;aal-Islamiya Egypt, que apoiava o ex-presidente Mohamed Mursi, deposto em 2013. Com a queda de Mursi, o partido foi criminalizado e alguns integrantes foram presos, mortos ou fugiram do país.

Conforme Vaz disse ao jornal, Ibrahim vive no Brasil desde 2017, é casado com uma brasileira e tem uma empresa de produção de mobiliários em São Paulo. De acordo com a defesa, o egípcio já esteve na PF para resolver questões ligadas à documentação no Brasil.

"Essa acusação de ligação terrorista não existe. Ele é tão somete um homem de um partido político que foi criminalizado e em nenhum momento atentou contra a nação norte-americana ou nenhuma outra nação", afirmou Vaz à Folha.

A defesa argumentou que não há acusação formal contra Ibrahim e que ele não deve ser enviado aos EUA, já que não cometeu crime no país norte-americano. E que, se ele for enviado ao Egito novamente, pode ser torturado e morto.


Procurado

O FBI divulgou a informação de que Mohamed estava sendo procurado na segunda-feira (12/8). Em nota conjunta, o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informaram que "o governo brasileiro está aberto a cooperar com as autoridades norte-americanas no que for solicitado, nos termos de nossa legislação, e está acompanhando o caso."

A denúncia é de que Mohamed esteve supostamente envolvido no planejamento de ataques contra os EUA e no fornecimento de apoio material para a Al-Qaeda.

Mohamed tem 42 anos e obteve autorização de residência no país, ou seja, ele está em situação regular no Brasil.

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