Politica

Bolsonaro sobre PF e Receita: ''Eu sou presidente para interferir mesmo''

Em um primeiro momento, Bolsonaro negou interferências no governo, mas, em seguida, mudou o rumo do discurso

Rodolfo Costa
postado em 21/08/2019 10:55
O presidente minimizou as recentes mudanças na Polícia Federal e na Receita Federal O presidente Jair Bolsonaro minimizou as recentes mudanças na Polícia Federal, na Receita Federal e enfatizou estar na Presidência da República para ;interferir mesmo;. A declaração foi feita nesta quarta-feira (21/8), no Congresso Aço Brasil, em um contexto em que criticava as entraves legais para ampliar o desenvolvimento sustentável, ou seja, crescimento econômico com preservação do meio ambiente e desenvolvimento social.

Em um primeiro momento, Bolsonaro negou interferências no governo, mas, em seguida, mudou o rumo do discurso. Disse que alguns o criticam por decisões tomadas na PF e na Receita. Foi aí que alterou a narrativa. ;Eu sou presidente para interferir mesmo. Se for para ser um poste, um banana, estou fora. Tem problemas e estamos aqui para resolver. O Estado todo está aparelhado, todo, sem exceção;, declarou.

O pronunciamento faz referência à demissão do subsecretário-geral da Receita, João Paulo Ramos Fachada, e à saída do então superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi. ;Eu indiquei o (Sérgio) Moro (ministro da Justiça). O Moro indicou o diretor-geral (da PF, Maurício Valeixo). E aí, no quarto escalão, tem as superintendências. 11 já foram mudadas no Brasil. Quando apareceu agora, no Rio, vamos pegar (e substituir pelo superintendente) que está em Manaus ou o que está em Recife, sem problema nenhum;, acrescentou.

Entre exemplos do aparelhamento do Estado, Bolsonaro citou a educação. Lembrou que convidou o atual ministro da pasta, Abraham Weintraub, como amigo, para resolver ;muita coisa errada;. ;Tem a questão das universidades. Quando se fala, ninguém quer acabar com as universidades. O projeto que quer fazer a universidade ser bom empregando, ter bons ideais e profissionais, e não excelentes militantes como acontecem em algumas universidades. É um desafio que temos pela frente, não é fácil. É pancada o tempo todo;, criticou.

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