postado em 26/08/2019 04:04
Por determinação do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, colocou a Polícia Federal para investigar uma possível convocação, por redes sociais, para queimadas coordenadas na Amazônia, no dia 10 de agosto, nomeada como ;Dia do Fogo;. A informação foi publicada ontem no site da revista Globo Rural. De acordo com a matéria, mais de 70 pessoas, entre sindicalistas; produtores rurais; comerciantes e grileiros, combinaram a ação de iniciar queimadas às margens da BR 163, rodovia que liga essa região do Pará aos portos fluviais do Rio Tapajós e ao Estado de Mato Grosso.
Em uma rede social, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o presidente Jair Bolsonaro ;determinou abertura de investigação rigorosa para apurar e punir os responsáveis pelos fatos narrados;. Na sequência, Moro também se manifestou. ;A Polícia Federal vai, com sua expertise, apurar o fato. Incêndios criminosos na Amazônia serão severamente punidos;, escreveu Moro no Twitter.
Ontem, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais informou que satélites registraram 25.934 focos de queimadas na Amazônia, superando a média dos últimos 21 anos. O pico de queimadas foi em 2005, com 63.764 registros, mas o número não passava de 22 mil desde 2010.
Na noite de sábado, por meio de nota, o Ministério da Economia informou que vai liberar R$ 38,5 milhões de recursos contingenciados para o Ministério da Defesa, R$ 10 milhões a mais do que o valor solicitado pela pasta e divulgado no sábado pela manhã. De acordo com a nota, o objetivo é ;atender, de forma emergencial, o pleito apresentado pela Defesa;.
O dinheiro será empregado nas operações para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que tem R$ 47,5 milhões aprovados, em fundo, dos quais apenas R$ 7,1 milhões foram empenhados.
Ontem, uma equipe de 30 bombeiros da Força Nacional viajou para ajudar a conter as queimadas em Rondônia. Os militares saíram da Base Aérea de Brasília rumo a Porto Velho. Edição extra do Diário Oficial da União trouxe ontem a autorização para que a GLO atue nos estados do Acre, Amazonas e Mato Grosso. O governo colocou 44 mil homens à disposição dos estados afetados pelo fogo na Floresta Amazônica. Até agora, seis dos nove integrantes da Amazônia Legal pediram ajuda à União.