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'Vou atender o meu centrão', diz Bolsonaro de vetos no abuso de autoridade

O grupo citado, de acordo com o presidente, é composto pelos ministros da Justiça, Sérgio Moro, da Economia, Paulo Guedes, e pelo da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas

Rodolfo Costa
postado em 30/08/2019 10:21
Sérgio Moro, Bolsonaro e Paulo Guedes
O presidente Jair Bolsonaro deu sinais de que não está mais tão entre a ;cruz e a espada; em relação à sanção, com vetos, do Projeto de Lei (PL) 7.596/2017, que define 37 situações que configuram crimes de abuso de autoridade. Na saída do Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (30/8), ele deu sinais de que vai atender o ;centrão; dele, composto pelos ministros da Justiça, Sérgio Moro, da Economia, Paulo Guedes, e pelo da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. A declaração reforça, ainda, o alinhamento com Moro.

Como sinalizado, na quarta-feira (28/8), pelos líderes do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), Bolsonaro admitiu que pode sancionar o projeto na data limite, de 5 de setembro, a próxima quinta-feira. E adiantou como será a decisão dele. ;Vou atender o meu ;centrão;. Meu ;centrão; é o Moro, é o Paulo Guedes e o Tarcísio;, declarou.

O presidente admitiu que terão vetos e não apenas o que pune o uso ;irregular; de algemas a suspeitos que não derem aos agentes de segurança pública uma clareza do risco de fuga. ;Vai ter veto ali. Questão de algema, lógico que vai ter. Outros vetos terão também, mas não quero me antecipar aqui;, afirmou.

Análises técnicas

A decisão, garante Bolsonaro, será pautada por análises técnicas. ;Não vai ser um veto populista, mas baseado (tecnicamente), necessário, que faça justiça. Nós reconhecemos que existe, em alguns casos, o abuso de autoridade. Mas não queremos é interferir no trabalho de combate à corrupção, que é importantíssimo para o Brasil;, justificou.

Os vetos técnicos serão pautados por sugestões apresentadas por entidades representativas das carreiras dos Ministérios Públicos estaduais e o Federal (MPF), das polícias estaduais e Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF), dos auditores fiscais da Receita Federal, e da magistratura. Mas, sobretudo, por orientações de Moro, que está mais fortalecido. ;Vocês perderam todas até agora. Não ganharam nenhuma. Até a fofoca aí com o Moro, perderam também. O Moro está até em contato demais comigo, causando ciúmes em casa;, brincou.

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