postado em 04/09/2019 04:04
O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo à população para que compareça às festividades do 7 de Setembro, Dia da Independência, trajando verde a amarelo. Ele ressaltou que a data servirá para ;mostrar ao mundo que aqui é o Brasil, que a Amazônia é nossa;.;A gente apela para quem está nos ouvindo, para quem está em Brasília, quem por ventura estiver no Rio de Janeiro, em São Paulo, que compareça de verde e amarelo. Eu lembro que, lá atrás, um presidente falou isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso. Nosso caso é o Brasil;, frisou, numa referência ao então presidente Fernando Collor de Mello, que, em 1992, conclamou a população a vestir verde e amarelo para protestar contra o pedido de impeachment dele e, como resposta, manifestantes foram às ruas vestindo preto. ;Não é para me defender ou defender quem quer que seja. É para mostrar para o mundo que aqui é o Brasil. Que a Amazônia é nossa. O maior símbolo que temos no Brasil é o verde da Amazônia.;
Bolsonaro ainda fez uma crítica indireta ao presidente da França, Emmanuel Macron. ;Um presidente lá do outro lado do Atlântico resolver falar uma coisa que tocou a todos nós. Falou em soberania relativa (da Amazônia). Mexeu conosco: nós, brasileiros, e com os demais países da região amazônica;, disse. ;Nós queremos, sim, tirar uma posição disso. Serviu para acordar muita gente no Brasil que nem sabia o que era Amazônia.;
O chefe do Planalto pregou o amor ao Brasil. ;A nossa pátria é essa que está aqui, e se nós não gostarmos dela, fica difícil;, destacou. Ele afirmou que saudar a bandeira e cantar o Hino Nacional passou a ser algo reprovável. ;Teve gente que começou a queimar bandeira por aí. Mas, como nem todo mal dura para sempre, as coisas vão melhorar no Brasil;. De acordo com ele, o país vai dar a volta por cima nas dificuldades econômicas e entrará para o Primeiro Mundo.
Videoconferência
Bolsonaro cancelou a viagem que faria na sexta-feira a Letícia, na Colômbia. A cidade sediaria uma reunião com chefes de Estado da América do Sul para tratar sobre a Amazônia, tendo como foco central os países fronteiriços da região, exceto a Venezuela. O diálogo com os demais presidentes está mantida, mas por videoconferência, não mais presencialmente.
;A decisão, a última que tive ontem, é que eles (chefes de Estado) querem fazer por teleconferência. O (vice-presidente Hamilton) Mourão estava pronto para ir para lá também, e acharam que é melhor por videoconferência;, explicou Bolsonaro.
Ontem, o governo de Israel anunciou o envio de um grupo de especialistas em catástrofes naturais para ajudar o Brasil a debelar as queimadas na Amazônia.
O Brasil também deve receber dinheiro do G7, formado por Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Itália, Alemanha, França e Canadá. O governo do Chile disse que a ajuda financeira do grupo, destinada à Amazônia brasileira, vai excluir a contribuição dos franceses.
Carteiras estudantis
Com a permanência no Brasil, o chefe do Executivo federal receberá o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em duas ocasiões, sendo uma delas um evento da Medida Provisória (MP) da Liberdade Estudantil, que institui a carteira digital de alunos. ;Vamos facilitar a vida dos estudantes. Não vão ter mais que pagar para a UNE (União Nacional dos Estudantes), pois quem manda lá é o PCdoB. Vai faltar dinheiro para o PCdoB, hein;, comentou. A emissão de carteiras estudantis é uma das principais fontes de arrecadação da entidade.