Politica

Barroso: falta agenda ambiental

postado em 05/09/2019 04:04


Uma semana após a crise internacional criada em torno das queimadas na Amazônia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse, ontem, que ;o aquecimento global e o efeito estufa precisam entrar na agenda brasileira;. Para o magistrado, a questão ambiental é deixada de lado por causa do ;egoísmo; e pelo fato de as consequências do desmatamento ;só serem sentidas daqui a 50 anos;. As declarações foram dadas no Conseguro 2019, evento promovido pela Confederação das Seguradoras (CNseg) em Brasília.

Durante a palestra, Barroso afirmou que ;a importância da questão ambiental e da preservação da Amazônia, que é um dever com o mundo, esbarra na ideia de entendermos que a responsabilidade da sociedade é ter políticas públicas dentro de um quadro que incentive a geração de riquezas e distribuição de renda. Precisamos de ideias justas para as pessoas no sentido geral;.

Sobre o que chamou de ;crise na democracia;, Barroso disse que ;há uma onda populista e autoritária, uma recessão democrática varrendo o mundo;. O ministro acredita que a democracia vive um momento de enfraquecimento, ;tendo uma condução de líderes eleitos por voto popular, mas que, uma vez no poder, desconstroem tijolo por tijolo a democracia;. Ao justificar o pensamento, ele afirmou que há muitas causas para isso e que uma delas é o sistema de representação política, que não dá relevância à voz dos cidadãos.

Barroso também comentou sobre corrupção que, para ele, não é dramática só pela propina ou pela quantidade de dinheiro desviado. ;O grande problema é o conjunto de decisões erradas que se toma para atender os interesses financiados pela corrupção. Isso colaborou para a criação da crise fiscal que nos trouxe ao momento difícil que vivemos;, ressaltou.

*Estagiária sob supervisão de Cida Barbosa

Campanha no Dia da Amazônia

O governo federal lança, hoje, no Dia da Amazônia, uma campanha publicitária, em nível nacional e internacional, com a intenção de reafirmar o posicionamento de soberania do Brasil em relação ao território e, sobretudo, mostrar como o país conserva o bioma. Com o nome Amazônia pelo Brasil, a campanha ressalta que os brasileiros sabem valorizar sua maior riqueza, patrimônio nacional e da humanidade. O Executivo quer passar a mensagem de que o país é exemplo mundial de preservação, conservação e sustentabilidade ambiental. ;O plano de mídia da campanha, que contou com um investimento de R$ 3 milhões, contempla televisão (aberta e fechada), rádio e internet (redes sociais), em que serão divulgados vídeos, spots e peças digitais;, explica Fábio Wajngarten, secretário Especial de Comunicação Social da Presidência da República. Ainda segundo ele, no exterior, a campanha tem como alvos EUA, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda e Noruega.

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